A Câmara Municipal de Arcos aprovou, nesta segunda-feira, 12 de maio, o Projeto de Lei nº 016/2025, que institui o Mês Maio Furta-Cor. Visando informar e sensibilizar a população sobre os desafios emocionais que muitas mães enfrentam durante a gestação e o pós-parto, a medida incentiva o cuidado e o apoio necessários para prevenir transtornos como depressão e
ansiedade.
Por que “Maio Furta-Cor”?
Maio foi escolhido propositalmente, mês que se celebra o Dia das Mães, o que reforça a importância do tema. Já o termo "furta-cor" representa a diversidade de sentimentos maternos, sentimentos esses que mudam conforme as circunstâncias e desafios enfrentados por elas.
Ações e impacto
A nova lei, aprovada por 7 votos a favor e 0 contra, prevê ações como palestras, rodas de conversa, cursos, oficinas e distribuição de materiais informativos, envolvendo órgãos públicos, empresas e outras instituições.
O objetivo é esclarecer a importância da saúde mental das mães, oferecer informações e garantir que mais mulheres tenham acesso ao apoio necessário, reforçando a importância do acolhimento durante a gestação e o pós-parto.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) apresentados no texto do projeto, uma a cada cinco mulheres enfrenta dificuldades com a saúde mental durante a gravidez ou no primeiro ano após o parto. Além disso, estima-se que uma a cada quatro mães tenha depressão pós-parto,
muitas vezes sequer recebem o diagnóstico ou tratamento necessário.
Parcerias e mobilização
O projeto também permite que o município busque parcerias com entidades e empresas para fortalecer as ações do “Maio Furta-Cor”. A vereadora Jaiane Fátima Soares, autora da proposta, destacou que cuidar da saúde mental das mães é essencial para o bem-estar das famílias e da sociedade na totalidade.
Além de citar a alta taxa de baixo-peso dos recém nascidos e o alto índice de sífilis congênita, apenas 66,9% das mulheres realizarem mais de 7 consultas de pre-natal, dentre vários outros fatores, Jaiane ressaltou outro ponto que mostra a importância da implementação do PL: “Vemos que a taxa de cesariana no município é muito alta. 81,5% das mulheres buscam a cesariana, enquanto a taxa média do Brasil é de 25 a 30%. Estamos correndo atrás de trazer um CTI que é muito importante para nossa cidade. Mas questões básicas como nascimento não estão sendo feitas de forma digna. Falta informação, falta atendimento para nossas mulheres. E informação salva. Espero que todos esses quadros sejam revertidos e que a gente tire a insegurança das mães de terem seus filhos aqui”, finaliza.
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