No ano de 2020 como sabemos estamos submetidos em um grande período de isolamento social para nossa saúde e de nossos próximos, e este além de nos submeter a uma grande mudança social veio também para mudar nossos hábitos e como já dizia o arcoense João Paulo, mais conhecido como Coca, fazer com que “uma simples ideia possa se transformar em uma grande aventura, dependendo da sua motivação”.
João Paulo usou seu tempo em isolamento e se aventurou em escrever seu primeiro livro, um suspense policial chamado “Quando Ana olhou para a direita" que foi lançado em 25 de julho nas plataformas digitais, no seu quarto mês de lançamento o autor atingiu a marca de 1 mil livros baixados na Amazon, ressaltando que o mesmo está disponível para leitura nesta plataforma, na livraria Revista e Cia em Arcos, e além disto você pode adquiri-lo entrando em contato com o autor através do instagram @joaopaulococa.
Entrevistamos o arcoense João Paulo para conhecer mais sobre ele e seu primeiro livro que vem conquistando cada vez mais leitores. Confira:
Quem é o João Paulo?
Mais conhecido como ‘Coca’, sou arcoense, Publicitário e Direitor Executivo da Agência de Publicidade Helpp. Em projetos audiovisuais, dirigi e produzi o curta metragem 'No silêncio da Guerra' e o clipe musical Ainda dá tempo (Gabriel Melo), ambos disponíveis no Youtube.
Me divido entre a paixão pelo cinema e pelo futebol, me encantando com um e sofrendo com outro, as vezes vice-versa.
De onde surgiu o interesse e o despertar da vontade de ser escritor?
Sempre fui um consumidor de histórias, principalmente nas telonas. Isso me motivou a criar minhas próprias aventuras. Uma delas acabou se transformando no livro ‘Quando Ana olhou para a direita’. Mesmo não sendo um autor profissional, foi uma boa maneira de contar essa história.
Como e quando foi sua primeira iniciativa no ramo de escrita e criação de histórias?
Tenho algumas ideias rascunhadas há algum tempo, mas nenhuma havia saído da gaveta até então. O período inicial da pandemia, com poucas opções de entretenimento, foi um pontapé para tomar coragem. A ideia inicial foi criar o roteiro para um filme, (já que trabalhar com produção de cinema é um sonho antigo) mas motivado por minha esposa, acabei adaptando a ideia inicial em um livro.
Você teve e tem alguma referência como autor?
Meu escritor preferido é John R. R. Tolkien, criador do universo de O Senhor dos Anéis. Porém, não posso deixar de valorizar os autores nacionais, e o incentivo de um parceiro, o escritor mineiro, Jean Gabriel Álamo.
Como é conciliar o trabalho de escrita com possíveis situações de bloqueio de criação e desenvolvimento?
O bloqueio criativo é algo recorrente para todos os setores da arte. Cada um tenta lidar da sua maneira. Alguns com música, mudança de ambiente ou até mesmo cigarro e álcool.
Particularmente, prefiro deixar o projeto naquele momento e fazer outro trabalho que gere novas ideias e me desligue daquela criação por um tempo.
O que significa para você ser escritor, e levar suas histórias para o público?
Eu não me considero escritor. Deixo esse título para os profissionais que realmente fazem isso com maestria. Porém, como publicitário, meu trabalho é contar histórias das mais diversas maneiras. Fazer isso em forma de um livro foi uma experiência única. Quando alguém vem até mim falar sobre o livro, de como foi surpreendido pela história, fico muito satisfeito com o resultado.
Como ser publicitário, designer, empresário e escritor ao mesmo tempo? Como concilia as atividades?
A gestão de tempo talvez seja umas das maiores dificuldades do nosso mundo atual. No meu caso, dedico boa parte do tempo à profissão, tratando a escrita mais como hobbie para os momentos livres.
Quais seus objetivos como escritor? Seus grandes sonhos?
O sonho de qualquer escritor é que suas histórias sejam lidas pelo maior número de pessoas possível, mas meu verdadeiro sonho para minha obra é uma adaptação para o cinema ou tv. Alô, Netflix!
Deseja escrever mais livros e tem algum gênero que você se identifica mais?
Penso sim em escrever outros livros, mas como hobbie, sem data prevista. Meu gênero preferido são os livros de fantasia e ficção.
Nos conte sobre seu primeiro livro:
O livro conta a história da detetive Ana Torosídis, da cidade de São Paulo. Ao começar a investigação sobre um caso de assassinato de duas garotas, Ana começa a ligar o caso a uma quadrilha de tráfico de seres humanos. Além de acompanhar a investigação da detetive, podemos acompanhar também os dramas de sua família.
De onde surgiu a inspiração para o livro?
A inspiração veio da mitologia grega, um assunto que me interessa muito. O livro não se trata apenas de uma história policial contemporânea. Os personagens e suas relações são baseados na mitologia grega. Os elos familiares e partes do enredo fazem referência aos deuses e heróis gregos. A detetive Ana, por exemplo representa a deusa grega, Atena. Deusa da sabedoria, justiça e da guerra estratégica.
Como foi o início para a escrita, criação de personagens e enredo?
Inicialmente escrevi toda a história em uma página. Após o rascunho comecei a desenvolver e detalhar cada personagem, suas ligações e interesses. Antes de escrever o livro, a história já tinha início, meio e fim. Sofreu apenas pequenos ajustes durante o processo.
Como foi o processo de criação de capa?
Como sou designer, minha cobrança pessoal para a capa era grande. Precisava de uma capa que instigasse o leitor a querer saber mais sobre a história. Já que um livro é sempre julgado pela capa, ela precisava convencer.
Qual era a sensação no início de quando começou o livro e agora que terminou e o lançou para público?
Como disse, não sou autor profissional, então faltava um pouco de confiança nas primeiras páginas. É uma sensação de satisfação quando penso que eu escrevi um livro, e que as pessoas estão gostando do que eu produzi.
O que “QUANDO ANA OLHOU PARA A DIREITA” mudou na sua vida e o que ele representa hoje?
O primeiro livro representa a abertura de uma porta para novas ideias saírem da gaveta. Esse livro mostrou pra mim que, com dedicação, você consegue transformar algumas ideias em realidade. Inclusive muitas pessoas me disseram que se motivaram a escrever após minha publicação.
Como foi para você o lançamento e os feedbacks sobre seu primeiro livro?
O livro foi lançando inicialmente na plataforma da Amazon e posteriormente a versão impressa. Mesmo sendo um lançamento recente, tenho tido ótimos feedbaks e algumas cobranças por uma continuação.
O livro tem continuação? Caso sim, vamos conversar sobre?
Inicialmente não. Tentei realmente por um ponto final, mas nunca se sabe.
Tem algum sonho de adaptação para “QUANDO ANA OLHOU PARA A DIREITA”?
Como disse a pouco, meu grande sonho é realmente uma adaptação para TV ou cinema. Mas o mercado audiovisual brasileiro é bem concorrido. De toda forma, não desistirei de mostrar a detetive Ana também nas telinhas e telonas.
Como adquirir seu livro?
Hoje, o livro pode ser adquirido tanto na versão impressa como digital. A versão digital pode ser encontrada no site da Amazon, enquanto a versão impressa pode ser comprada na Revista & Cia. e Arcos ou diretamente comigo através do meu instagram (@joaopaulococa).
“Quando Ana olhou para a direita" é livro é uma ficção, com personagens e histórias fictícias, mas aborda assuntos atuais e de extrema importância para debatermos; como tráfico de pessoas, desigualdade de classes e mulher no mercado de trabalho, não deixe de conferir essa grande aventura do nosso conterrâneo João Paulo.