De cima do morro do Espia ou pedra da Gurita, o rei Ambrósio a tudo assistiu.
As 13h do dia , 21 de novembro de 2020 rufou os primeiros tambores que ecoaram nas pedreiras do pequeno Corumbá na cidade de Arcos. Era o grupo de congado Moçambique Filhos de São Jorge do capitão Geliel, que a partir da capela do Rosário, percorreu todo Corumbá cantando, tocando seus tambores, maracas e chocalhos e fazendo suas alegorias e abrindo a tarde de eventos.
Foi uma grata surpresa, ver as senhoras largarem seus afazeres e chegarem nas janelas e pouco depois, já nas ruas admirando, aplaudindo e fotografando toda aquela manifestação.
Gentilmente a comunidade preparou uma mesa farta com biscoitos, bolos, leite, chá e café para os convidados matutinos e uma enorme panela com arroz rico (frango, cenoura milho, etc) para os vespertinos.
A segunda atracão do dia foi grupo de capoeira acompanhado pela secretária de Cultura de Pains, Márcia Rabelo, que encantou a todos com sua dança e seu gingado.
Já começava entardecer quando o grupo de Folia de Reis Nossa Senhora do Rosário deu seu show com mais de vinte componentes encerrando as comemorações do Dia da Consciência Negra nas terras onde o rei africano, Ambrosio percorreu e fez história.
Acredito que Ambrósio não se decepcionou, ficou foi muito emocionado conforme me confidenciou sua esposa Cândida.
Geraldo Ló -pesquisador e incentivador do Projeto " Somos todos Ambrósio" que busca o reconhecimento do Quilombo do Ambrósio.