O Natal na Terra Santa (partes de Israel, Jordânia e Cisjordânia/para os cristãos, local de nascimento, pregações, crucificação e ressurreição de Cristo), sempre foi uma comemoração cheia de alegria, significado e esperança.
No entanto, com a região em guerra, essas celebrações ficaram diferentes. Muitas famílias abandonaram suas casas em busca de segurança para si e seus filhos. Além da paisagem alterada pela cor das fardas de soldados e o sangue das vítimas de conflitos, a época é marcada pela resiliência e pelo desejo contínuo dos civis pela paz.
Natal no passado: uma celebração de fé e comunidade
Belém, uma cidade com aproximadamente 30 mil habitantes localizada na Cisjordânia, é historicamente conhecida por suas festividades natalinas e recepção de romeiros de todo o mundo. A Basílica da Natividade, que foi construída sobre o local onde se acredita que Jesus nasceu, era onde as grandes comemorações aconteciam. Peregrinos e moradores locais se reuniam para a Missa do Galo, que começava à meia-noite do dia 24 de dezembro. As ruas de Belém eram enfeitadas com luzes, e as casas decoradas com presépios que simbolizam a cena do nascimento de Cristo.
As refeições tradicionais de Natal incluíam pratos típicos como "Maqluba" (uma mistura de arroz, carne e vegetais) e sobremesas como "Knafeh" (doce de queijo coberto com uma fina camada de massa e regado com calda de açúcar). Crianças costumavam aguardar ansiosamente a chegada do Natal, não apenas pelos presentes, mas também pelo espírito de união e celebração que tomava conta da cidade e que aprenderam a viver desde o nascimento.
Além dos presentes que as crianças esperavam do Papai Noel, os idosos ganhavam dinheiro já que, nessa fase da vida, não têm nenhum tipo de amparo social.
Natal hoje: desafios e esperança em meio ao conflito
Atualmente, a celebração do Natal em Belém enfrenta os desafios impostos pelos conflitos na região. A guerra trouxe uma realidade dura e muitas vezes perigosa para os moradores locais. A presença de barreiras de segurança e tropas militares é constante, e a tensão política afeta o cotidiano de todos.
Apesar disso, a fé e a determinação da comunidade cristã permanecem fortes. A “Missa do Galo” ainda é realizada, embora com um público menor, sob medidas de segurança rigorosas e presença de soldados.
Peregrinos não fazem mais parte das celebrações em Belém. Isso afeta não somente a festa, mas a economia. Muitas famílias que viviam do turismo hoteleiro já não têm mais renda. A rua Milk Grotto, no lado sul da Basílica, tem a maioria de suas oficinas de artesanato e madrepérolas fechadas. Trinta desses artesãos estão sem trabalho já há quinze meses.
Adaptando as tradições
As famílias locais se esforçam para manter vivas as tradições natalinas. Mas esse é o segundo ano em que não haverá luzes nem música na cidade de Belém.
Hoje, 24 de dezembro, o cardeal Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, fará uma entrada solene em Belém, assim como foi no advento. Acompanhado por escoteiros e religiosos locais, ele percorrerá as ruas centrais da cidade a pé, revivendo uma tradição centenária.
Tradicionalmente os escoteiros sírios ortodoxos vêm desempenhando um papel importante na comunidade. Nas festas eles são responsáveis por ajudar nas celebrações das famílias, na preparação de comidas, acompanham os Patriarcas em procissão e cuidam dos idosos.
À noite, o cardeal celebrará a Missa Noturna de Natal na Igreja de Santa Catarina, ao lado de autoridades locais, palestinas e diplomatas. Essa cerimônia marca o início das comemorações nativas em Belém.
Em Belém, o Natal se estende por dois meses, unindo diversas denominações cristãs em uma celebração cheia de fé, amor e esperança. A missa católica acontece no dia 25 de dezembro. No dia 06 de janeiro acontece a Celebração Ortodoxa Grega. E no dia 18 de janeiro a Celebração Armênia.
As celebrações religiosas são um lembrete do espírito do Natal e do nascimento de Jesus, que trouxe uma mensagem de amor e redenção para o mundo; embora as cenas que se repetem ao longo dos séculos não retratem o que Ele deixou como ensinamento.
Apesar da realidade difícil, a época de Natal ainda brilha intensamente nos olhos das crianças da Terra Santa. Suas perspectivas e experiências refletem um forte senso de esperança, fé e resiliência que transcende os desafios cotidianos. O Natal para elas é, acima de tudo, uma celebração de amor, fé e união. Em tempos de paz ou conflito, permanece um testemunho do poder da fé e da esperança. E assim, a luz do Natal continua a brilhar, mesmo nos momentos mais sombrios.
Essa matéria busca não apenas informar, mas também humanizar e mostrar a realidade e a resiliência dos habitantes da Terra Santa em meio aos desafios atuais.
Que a gente se lembre de agradecer por comemorar com liberdade e paz o nascimento de Jesus em nossos lares e de pedir por aqueles que precisam dessa mesma paz, não apenas em Belém, mas nos locais onde os grandes conflitos continuam acontecendo e as luzes de Natal foram substituídas pelo brilho de explosões de bombas e tiros.
E que o espírito do Natal traga não só esperança, mas segurança aos nossos povos e respeito à cultura, costumes, crenças e religião do próximo para que a nossa paz não seja, também, perdida.
Fontes:
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