O Ministério Público já instaurou procedimento para apurar possível contaminação na “mina” D'água, na Av. Moacir Dias de Carvalho. Também estão sendo apuradas as possíveis irregularidades da obra da Praça Ecológica, que está sendo construída no entorno.
A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 17, pela Dra. Juliana de Amaral Mendonça, da 2ª Promotoria da Comarca de Arcos. De acordo com ela, existe laudo preliminar elaborado pela COPASA, com as análises e os parâmetros cujo resultado foi apresentado com data de coleta do dia 30 de março de 2023. Quanto aos resultados da análise coletada, no dia 30 de março 2023, aponta uma variação no valor de 1,0 NMP por 100ml, na medição de coliformes totais e 1,0 nmp por 100ml de Escherichia coli.
(ESCHERICHIA COLI - é o nome de uma bactéria que habita o intestino de animais endotérmicos, cuja presença pode indicar aspectos relativos à qualidade da água e de alimentos. A E. coli também pode provocar doenças, como infecções urinárias, diarreia e a colite hemorrágica e síndrome hemolítico-urêmica).
A Promotoria informou ainda que já foi solicitado a Associação Regional de Proteção Ambiental - ARPA II a realização de nova análise, a fim de se verificar os níveis de contaminação da água, bem como se esta se encontra inapropriada para o consumo humano.
De acordo com o MP, as providências já foram tomadas de imediato, após o recebimento do relatório de ensaios emitido pela COPASA. Foi encaminhado ofício ao poder executivo municipal para que adote as medidas e providências necessárias, sendo recomendada a interdição temporária do local de captação de água até a elucidação dos fatos, diante do poder de polícia a ele conferido.
Por fim, informou que, foi aberto um procedimento de “Notícia de Fato” n° MGMG-0042.23.000095-4, instaurada para apuração dos fatos referentes a possíveis irregularidades na "mina d'água e na construção de praça pública" no local, bem como do relatório de ensaios solicitado.
Conforme procedimento de apuração, no dia 14 de abril a Prefeitura foi comunicada para que interdite temporariamente o “poço até que o executivo apresente uma análise técnica que ateste se a água é potável e própria para o consumo humano”.
Também foi solicitada uma nova análise, realizada pela ASSOCIACAO REGIONAL DE PROTECAO AMBIENTAL – ARPA 2. A SUPRAN E O CODEMA também foram comunicados.
A Copasa se manifestou através de uma nota:
A Copasa informa que o poço conhecido como "Mina" não faz parte do sistema produtor de água da Copasa na cidade de Arcos. Esclarece ainda que, atendendo a pedido de representantes do município, foram feitas coletas de amostras da água deste poço, localizado na avenida Doutor Moacir Dias, no bairro Santo Antônio, em Arcos. Os resultados das análises destas amostras foram entregues aos solicitantes.
Cumpre ressaltar que os resultados das análises de água são pontuais, ou seja, representam o estado em que está a água no momento da coleta, assim, para se garantir que a água de um determinado poço esteja com potabilidade garantida, é necessário que se realizem procedimentos preconizados pela Portaria do Ministério da Saúde N. 888/21, onde é estabelecida a frequência de análise, bem como todos os parâmetros que definem se uma água está ou não potável, tal como é feito em todas as cidades em que a Copasa atua.
