• 03/05/2024
31 Janeiro 2022 às 18h52
Atualizada em 31/01/2022 às 18h52
Fonte de Informação: da Redação Cecília Calixto

Pediatra Dr. Macmiller Costa fala sobre a vacinação contra Covid-19 em crianças

“A decisão final é dos pais. [...] Entendemos a apreensão, principalmente por ser tudo muito novo. Porém, minha recomendação é técnica, baseada em estatísticas” – Dr. Macmiller Costa
Dr. Macmiller Costa

No dia 05 de janeiro o Ministério da Saúde anunciou a inclusão de crianças no Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19.

Desde então, começaram a surgir muitas dúvidas e receios por parte dos pais e/ou responsáveis quanto a imunização. Enquanto alguns pretendem vacinar seus filhos, outros pretendem não vacinar, por medo dos efeitos colaterais ou por não consideraram a vacina segura.

Em Arcos a vacinação já começou e já está na faixa etária de 10 anos. E para trazer um maior esclarecimento aos pais quanto a imunização contra a Covid-19 pediátrica, a reportagem do Portal Arcos entrevistou o médico pediatra Dr. Macmiller Costa, que também é especializado em Hebiatria e Homeopatia.

 

“A decisão final é dos pais. [...] Entendemos a apreensão, principalmente por ser tudo muito novo. Porém, minha recomendação é técnica, baseada em estatísticas” – Dr. Macmiller Costa

Dr. Macmiller Costa iniciou a entrevista dizendo que é a favor da vacinação contra a Covid-19 pediátrica, em crianças de 5 a 11 anos, e comentou que essa vacina é tão importante quanto as outras vacinas que fazem parte do calendário de imunização de todas as crianças.

Porém, ele ressaltou que entende a preocupação dos pais e que no final, a decisão cabe a eles: “A decisão final é dos pais. No consultório muitos deles pedem nossa orientação a respeito disso. Entendemos a apreensão, principalmente por ser tudo muito novo. Porém, minha recomendação é técnica, baseada em estatísticas que comparam os benefícios entre vacinados e não vacinados. Portanto, oriento que todos os elegíveis sejam vacinados”, comentou.

 

Efeitos adversos

“Normalmente o que ocorre são os efeitos mais frequentemente relatados e comuns de todas as vacinas” – Dr. Macmiller Costa

Um dos principais fatores que tem feito com que muitos pais não permitam a vacinação de seus filhos é o medo de possíveis efeitos colaterais após a vacinação.

Porém, segundo Dr. Macmiller, não há o que ter medo, pois os efeitos colaterais que podem ser registrados são os mesmos que podem ocorrer com qualquer outra vacina. “Normalmente o que ocorre são os efeitos mais frequentemente relatados e comuns de todas as vacinas, como: febre, dor no local da aplicação, dor no corpo e mal estar. Casos graves são raros, assim como ocorre em outras vacinas”.

Já com relação aos efeitos colaterais mais graves, Macmiller comentou que, o que traz maior apreensão aos pais são as informações em grupos de aplicativos e redes sociais, onde são relatados casos de miocardite, pericardite e óbitos, dentre outros quadros. Porém: “Muitas dessas informações não têm fontes comprovadas. Além disso, as pesquisas mais recentes indicam que a incidência desses casos é maior nas crianças com a doença do que nas vacinadas. Sabemos também que a recuperação daqueles casos é mais rápida e com menos sequelas em crianças vacinadas do que naquelas que adquiriram covid-19, explicou.

 

Espera de 20 minutos após a vacinação

Muitos pais também questionaram o fato das crianças terem que ficar em observação por 20 minutos após a vacinação contra a Covid-19. Com isso, perguntamos ao médico pediatra Dr. Macmiller, o que ele poderia explicar quanto a essa questão.

Ele explicou que a observação das crianças por 20 minutos é uma recomendação geral para a maioria das vacinas. Com isso, na vacinação contra a Covid-19 não deve ser diferente, e após a aplicação da vacina as crianças devem sim ficar em observação por 20 minutos.

 

A vacina é segura?

“Sim. O que não significa que não possa ocorrer efeitos colaterais, como em outras. Caso ocorra, procure o serviço de saúde para avaliação e orientação”, comentou.

O Ministério da Saúde e a Anvisa também asseguraram a efetividade e segurança da vacina pediátrica da Pfizer/Biontch, pois é um imunizante diferente do que é aplicado na população acima de 12 anos. A vacina pediátrica tem uma composição e concentração específica e reduzida para essa faixa etária de 5 a 11 anos.

 

Redução de casos graves da doença em crianças

Segundo dados do Ministério da Saúde, já foram registradas 308 mortes por Covid-19 de crianças de 5 a 11 anos, desde o início da pandemia. E segundo Dr. Macmiller Costa, se estender essa faixa etária para crianças de zero a 11 anos, são mais de 1.400 óbitos. Com isso, sabe-se que a vacina contra a Covid pediátrica tem o intuito de reduzir os óbitos e os casos graves da doença no público infantil.

“O que se espera é a redução dessa triste estatísticas com a vacinação nas crianças, como ocorreu nos adultos”, comentou.

Ele também ressaltou que mesmo as crianças sendo vacinadas, os pais e/ou responsáveis devem continuar monitorando para que elas continuem adotando todas as medidas de segurança e proteção contra a Covid-19, pois a vacina – assim como todas as outras – protege apenas contra as formas graves da doença.

Ao final da entrevista, Dr. Macmiller aconselhou aos pais que, em caso de dúvida, procurarem orientação médica especializada.

“Aos pais que não se sintam seguros procurem seu pediatra para esclarecerem as dúvidas. Para informações na internet recomendo leituras em sites como o da Sociedade Brasileira de Pediatria ou de Imunologia”.

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