• 04/05/2024
28 Outubro 2021 às 17h37
Atualizada em 29/10/2021 às 01h25
Fonte de Informação: Redação - Cecília Calixto

É possível ter uma alimentação saudável comprando alimentos baratos?

Nutricionista Luiza Ferreira

A pandemia da Covid-19 abalou a economia brasileira e mundial, afetando no aumento de vários produtos de consumo básico, como água e luz, gasolina, gás de cozinha e alimentos no geral. Com este aumento, principalmente, no preço dos produtos alimentícios as famílias estão procurando por produtos mais baratos, o que, consequentemente, tem reduzido a qualidade da alimentação.

Porém, mesmo em meio à crise economica e o aumento no preço dos produtos, será que é possível se alimentar de forma saudável, mesmo comprando alimentos mais baratos? Para falar sobre isso e dar algumas dicas, a reportagem do Portal Arcos entrevistou a Nutricionista Luíza Ferreira, que também é mestranda em Nutrição e Alimentação Humana.  

Luíza iniciou a entrevista desmistificando a ideia de que uma alimentação saudável é cara. Segundo ela, isso é algo que foi inventado pela publicidade. “As pessoas costumam associar que uma alimentação saudável necessariamente é uma alimentação cara. O marketing de alimentos industrializados que recebem o ‘título’ de saudável nos faz pensar que é essencial consumir os produtos de prateleira rotulados com diet, light, zero açúcar e que muitas vezes custa o dobro ou até o triplo do preço. Uma verdadeira alimentação saudável é baseada em produtos naturais ou minimamente processados, que têm baixo custo e fácil acesso”.

Segundo ela, uma alimentação saudável, sempre é regada de produtos de baixo custo que conseguem substituir os produtos caros, como: vegetais e frutas, cortes magros como frango ou até mesmo ovo, arroz e feijão.

 

O que não deve faltar na alimentação

Perguntamos para a nutricionista Luiza, quais são os principais nutrientes que não podem faltar no dia a dia da alimentação de uma família. Ela disse que, todas as pessoas devem fazer sempre o consumo adequado de: carboidrato, proteína, gorduras boas, vitaminas e minerais.

“Um almoço equilibrado contém todos os nutrientes. Arroz, batata, macarrão e mandioca são exemplos de carboidratos que fornecem energia. O feijão além de proteína contém vitaminas e minerais. As principais fontes de proteína são ovos e carnes, de preferência magras. Saladas e vegetais cozidos nos fornecem uma variedade enorme de vitaminas e minerais”, explicou.

 

É possível substituir a carne?

Quanto às carnes – que foi um dos alimentos que mais teve aumento no preço neste ano – muitas famílias estão trocando ela por embutidos que são mais baratos, porém, nada saldáveis como: salsicha e linguiça. Devido a isto, perguntamos para a nutricionista se haveria algum outro alimento barato, porém, saudável, que pudesse substituir a carne. Em reposta, Luiza disse que “uma opção muito mais saudável e barata para se incluir no dia a dia é o ovo, de preferência cozido, mexido ou “frito” em bem pouco óleo”.

Ela explicou que os embutidos, embora passem a sensação de ser um produto cárneo, muitas vezes não têm uma quantidade pura e real de carne em sua produção. Além, do excesso de gordura, há também o excesso de corantes, sódio e muitos conservantes.

 

O café da manhã pode ficar mais barato?

O café da manhã do brasileiro também está mais caro. Um bolo comum que custava em média R$8,00 agora está chegando a até R$15,00. E com todo este aumento e sabendo que o café da manhã é a principal refeição do dia, será que é possível economizar no café da manhã e, ainda assim, suprir o corpo com a energia necessária para começar o dia?

Segundo Luiza Ferreira, é possível sim: “O café da manhã é uma refeição importante, mas não precisa ser cara e inviável. Incluir frutas da época é uma grande sacada, pois estão sempre com o valor mais baixo no mercado. Leites e ovos também podem ser consumidos. Um pão francês simples, acompanhado de ovos ou leite com café e frutas da época é uma refeição saudável e equilibrada”.

 

“Embora o preço da alimentação esteja subindo de modo geral, ainda sim os alimentos saudáveis são mais baratos, pois demandam menor custo de produção” – Luiza Ferreira

Ao final da entrevista, Luiza Ferreira continuou dando mais algumas dicas para as famílias conseguirem ter uma vida saudável, comprando produtos baratos e nutritivos.

“Buscar produtos que estejam em época de safra, pois o custo sempre estará mais baixo. Muitas vezes horti-fruts e supermercados têm uma sessão de vegetais que não possuem a forma padrão, mas que estão ótimos para consumo e o preço é mais baixo”. Ela também disse que é importante armazenar os produtos corretamente em casa, para evitar o desperdício do que já foi comprado e também ter criatividade para preparar refeições gostosas, saudáveis e baratas.

“Embora o preço da alimentação esteja subindo de modo geral, ainda sim os alimentos saudáveis são mais baratos, pois demandam menor custo de produção. Muitas vezes somos iludidos por alimentos de prateleira no supermercado que parecem ‘super produtos’. Prometem não conter vários compostos como açúcar, lactose, glúten, além de terem um preço exorbitante. Dar preferência aos verdadeiros produtos como frutas, leite, carnes e ovos, pães, arroz e feijão é a melhor opção”, finalizou.

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