• 19/04/2024
29 Junho 2020 às 18h25
Atualizada em 30/06/2020 às 17h16
Fonte de Informação: Aline Matos

Resíduos sólidos podem transmitir o novo coronavírus?

   Estudos apontam que a principal forma de transmissão da covid-19 é de pessoa para pessoa, mas que superfícies contaminadas podem trazer riscos às pessoas.

 

    Antes mesmo de a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarar a pandemia do novo coronavírus no dia 11 de março de 2020, especialistas já tentavam compreender o comportamento do SARS-CoV-2, descoberto ainda em dezembro de 2019 em Wuhan, na China.

 

   Desde então, a comunidade científica de todo mundo tem realizado uma verdadeira corrida contra o relógio para entender como o coronavírus se espalha, seu tempo de incubação, protocolos de tratamento e principalmente uma vacina capaz de realizar a tão desejada imunização em massa.

 

   Já é sabido pela ciência que as principais formas de contágio do novo coronavírus se dá por um indivíduo infectado para o outro através de gotículas de saliva que contêm carga viral. Essas gotículas se espalham pelo ar por meio da fala, tossidas e espirros e podem contaminar também superfícies.

 

   Quando uma pessoa saudável recebe essas gotículas de saliva infectadas lançadas ao ar ou toca em uma superfície contaminada com essas mesmas gotículas e leva as mãos aos olhos ou boca, se inicia um novo ciclo de infecção e transmissão do SARS-CoV-2, o causador da síndrome respiratória covid-19.

 

   Mas, quanto tempo o coronavírus sobrevive fora do corpo humano? Ele pode contaminar resíduos sólidos? Estudos recentes trazem as respostas essenciais para redobrarmos os cuidados durante a pandemia.

 

   Ainda em março de 2020, a Fiocruz reuniu alguns estudos científicos recentes. De acordo com o levantamento da instituição, o coronavírus expelido pelas partículas de saliva podem ficar suspensas no ar entre 40 minutos até 2h30. Daí a importância do distanciamento social e do uso de máscaras para minimizar novos contágios.

 

   De acordo com um artigo publicado no New England Journal of Medicine, quando o coronavírus se deposita em superfícies, o vírus conseguiu sobreviver até 72 horas em plástico e aço inoxidável. Nas superfícies de papelão, o vírus se manteve ativo por 24 horas e em cobre por 4 horas.
 

Como lidar com os resíduos sólidos durante a pandemia?
 

   Segundo um levantamento realizado pela Associação internacional de Resíduos Sólidos no Brasil (ISWA) e Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), houve uma diminuição de 7,25% na produção de lixo doméstico no país em comparação com o mesmo mês de 2019.

 

   “Mesmo com a diminuição do volume de lixo, ainda assim, o os resíduos sólidos que seguem em circulação podem trazer perigos não apenas à natureza, mas às pessoas.  As empresas e serviços de saúde brasileiras já realizam uma gestão de seus resíduos sólidos para diminuir seus impactos ao meio ambiente, agora precisam intensificadas essas medidas durante a pandemia”, explica Guilherme Arruda, CEO da startup VG Resíduos, que atua no desenvolvimento de soluções ambientais e ferramentas de gestão de resíduos sólidos para empresas. O software também auxilia empresas na elaboração do PGRS, documento exigido por lei que demonstra a capacidade de uma empresa de gerir todos os resíduos gerados.

 

   Preocupada com os riscos de contaminação do novo coronavírus através dos resíduos sólidos domésticos e industriais, muitas cidades suspenderam a coleta seletiva de materiais recicláveis e a coleta e triagem manual destes materiais durante a pandemia.

 

   O próprio Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) elaborou materiais que alertam e convocam toda a sociedade para gerir adequadamente seus resíduos e evitar que mais infecções ocorram através deste tipo de veículo de transmissão.

 

   Enquanto o Brasil ainda tem níveis de testagem para coronavírus muito menor do que o adequado, alguns cuidados com a higiene pessoal e com o descarte do lixo doméstico vão ajudar no combate à covid-19.

 

   De acordo com as recomendações da Abrelpe, as residências onde não há casos suspeitos ou diagnosticados de covid-19 devem descartar seu lixo normalmente, em sacos apropriados e reforçados para não prejudicarem a coleta seletiva ou ferir os profissionais de limpeza urbana. Já nas residências onde há confirmação de pessoas com o coronavírus, valem as seguintes recomendações:

 

- Não separar o lixo reciclável e enviar todos os resíduos sólidos para o lixo comum.

- As lixeiras devem conter dois sacos plásticos e permanecerem bem fechadas até o descarte do lixo.

- Descartar máscaras, luvas e outros materiais infectados também no lixo comum.

- Ao retirar o lixo para coleta nos dias e horários indicados, reforçar seus fechamento e verificar se os resíduos estão duplamente ensacados para evitar que os coletores tenham contato com resíduos contaminados.

- Não deixar animais de estimação ou de rua entrar em contato com os sacos de lixo. 

 

Aline Matos
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