A comunicação é um pilar fundamental em todas as interações humanas, mas a complexidade se intensifica quando se trata da interação entre pessoas típicas e atípicas. O termo “típico” refere-se a indivíduos que possuem padrões de desenvolvimento neurotípico, enquanto “atípico” abrange aqueles com diversas condições, como Transtorno do Espectro Autista (TEA), dislexia e outras variações de processamento cognitivo e emocional.
Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 em cada 160 crianças apresenta o Transtorno do Espectro Autista, e os números da Associação Brasileira de Dislexia sugerem que cerca de 5% da população brasileira pode ter dislexia. Estes são apenas alguns exemplos de condições que podem afetar a comunicação e a interação social.
Um estudo conduzido pela American Psychological Association (APA) aponta que a falta de compreensão sobre as diferenças de comunicação pode resultar em mal-entendidos, isolamento e desafios significativos tanto no ambiente pessoal quanto no profissional. Em ambientes corporativos, onde a comunicação clara é vital, a ausência de inclusão e adaptação nas interações pode levar a quedas na produtividade, desmotivação e aumento da rotatividade de funcionários.
Os impactos da complexidade comunicativa são maiores no setor corporativo. Um levantamento da Harvard Business Review revela que equipes com uma comunicação inclusiva são 35% mais eficazes em comparação às que possuem comunicação tradicional. Quando a comunicação é adaptada para consideração e respeito às variabilidades de cada indivíduo, o resultado é um aumento na colaboração, inovação e no moral do tempo. “A comunicação inclusiva não é apenas uma questão de empatia, mas uma estratégia determinante para garantir que todos os membros da equipe possam contribuir adequadamente”, complementa a Dra. Cristiane.
“Ambientes que não adaptam suas práticas de comunicação para refletir sobre a diversidade podem enfrentar uma série de problemas, desde a baixa produtividade até o aumento do faturamento”, afirma a Dra. Cristiane. "É urgente que empresas e indivíduos desenvolvam uma compreensão mais profunda das nuances da comunicação para promover um ambiente mais acolhedor e produtivo."
Na busca por promover uma comunicação mais eficaz entre pessoas típicas e atípicas, a Dra. Cristiane Romano recomenda as seguintes práticas:
- Treinamento em diversidade e inclusão: workshops e treinamentos que abordam a diversidade nas comunicações podem equipar os colaboradores com as habilidades permitidas para interagir respeitosamente com todos.
- Adaptações na comunicação: utilizar uma variedade de métodos de comunicação —visuais, verbais e escritos—ajuda a garantir que todos os indivíduos compreendam a mensagem.
- Criação de um ambiente acolhedor: fomentar uma cultura organizacional que valorize a diversidade e a empatia é vital para construir relacionamentos mais saudáveis.
- Feedback contínuo: instituir práticas de feedback regulares garantem que todos sejam ouvidos e que suas necessidades comunicativas sejam atendidas.
Promover uma comunicação inclusiva é uma responsabilidade que beneficia a todos. Segundo a Dra. Cristiane, conectar mundos típicos e atípicos não apenas enriquece as interações, mas também fortalece o ambiente de trabalho e a sociedade como um todo.
Sobre a Dra. Cristiane Romano:
- Especialista em comunicação, com mestrado e doutorado em Expressividade pela USP.
- Pós-graduada em Voz pelo CEFAC - BH e em Gestão Estratégica de Marketing pela PUC Minas.
- Formada em Business and Executive Coaching pela University of Ohio - EUA.
- Autor de diversos artigos científicos nacionais e internacionais.
Ao longo de sua carreira, a Dra. Cristiane tem capacitado profissionais, ajudando-os a aprimorar suas habilidades comunicativas e, assim, aumentar sua influência e persuasão em diversos contextos.