• 13/05/2024
27 Outubro 2023 às 11h30
Fonte de Informação: Da Redação - Cecília Calixto

Outubro Rosa: Maria Filomena conta sua história de superação do diagnóstico ao tratamento

Neste mês de outubro, conhecido mundialmente como Outubro Rosa, a massoterapeuta e esteticista Roberta Eler e a psicóloga Selma Rodarte estão desenvolvendo uma campanha para contar histórias de superação e difundir informação sobre a importância do diagnóstico precoce e o tratamento contra o Câncer de Mama.

Na primeira matéria Roberta Eles chegou a falar sobre a importância de levar mais informações sobre o tema a todas as mulheres. Na segunda matéria Selma Rodarte falou sobre a importância do acompanhamento psicológico no diagnóstico e durante o tratamento contra o câncer de mama.

Na matéria de hoje iremos conhecer a história de superação da senhora Maria Filomena Vaz Vieira Leão, 66 anos. Ela é casada e é mãe da médica ginecologista e obstetra Dra. Marta Gabriela.  

Em entrevista ao Portal Arcos, Filomena contou que teve câncer de mama aos 38 anos. Na época, ela percebeu que havia um nódulo na mama, porém, sempre teve medo de falar.

“Sempre tive medo de falar e de mostrar, pois quando a gente percebe é assustador e a gente tem medo do que pode ser, do que a família vai sentir, os filhos, então a preocupação é muito grande”.

 

Diagnóstico e Tratamento

O que levou Filomena a encarar o problema e ir ao médico foi sua filha Marta Gabriela, que na época tinha apenas 11 anos. Ela nos contou que sempre foi muito próxima de sua filha e que sempre passavam um tempo juntas, e por isto, em um dia, ao deitar em seu peito para conversarem, sua filha percebeu que havia um caroço em sua mama.

“Ela percebeu que tinha alguma coisa, ela colocou a mão e viu que tinha um nódulo. Na mesma hora ela disse que era um câncer, eu disse que não era, mas ela disse que não era boba pois já estudava e sabia que era um câncer, foi quando ela começou a chorar. Eu fiquei muito preocupada naquele momento, porque ela sempre foi uma menina que estudava muito, que queria vencer na vida e eu como mãe queria estar lá para ajudar”, contou.

Filomena tentou despistar a filha, mas, não conseguiu convencê-la. No mesmo momento sua irmã chegou em sua casa e percebeu que havia algo errado, foi quando Filomena resolveu contar.

“Eu contei para ela e ela já correu no meu irmão para contar, ele é médico. Ele então me pediu para ir lá, para me examinar. Eu já fui chorando, porque para todo mundo é algo assustador a palavra câncer. Ele viu que realmente era um câncer e me mandou para o mastologista, eu fiz o exame e deu positivo”.

Após o diagnóstico Filomena iniciou o tratamento em Pouso Alegre. Em apenas 15 dias ela fez o risco cirúrgico e já realizou a retirada de um seio.

 

Apoio familiar

Filomena relatou que a retirada da mama também foi outra situação difícil de enfrentar, mas, o apoio familiar que recebeu a ajudou a passar por este momento de forma mais leve.

“Na hora veio o medo porque eu fiquei pensando no meu marido, pelo fato de eu ter que retirar a mama, pois a mama é muito importante para a mulher. Mas, eu tenho um marido maravilhoso, ele não mudou a forma de me tratar e me amar, ele nunca deixou de me beijar, me abraçar, sempre me achou um máximo mesmo com uma mama só. Nós saíamos, passeávamos, acho que foi a época em que eu mais passeei na minha vida”.

Filomena também recebeu o apoio e ajuda de seus pais e de sua filha e isso para ela é o mais importante para que a mulher consiga passar e vencer a doença.

“Isso é muito importante quando a pessoa tem uma doença, ela precisa da amizade e do apoio do marido dos familiares, ela precisa de palavras que a confortem. Então eu consegui passar por isso pois eu tive a ajuda do meu marido e da minha família”.  

 

“Eu errei, porque a gente não esconde um câncer. A doença existe, mas ela tem cura, ela acaba com o tratamento” – Maria Filomena

Ao final da entrevista, Filomena ressaltou que errou ao dar lugar ao medo e esconder a doença. Por isso, nesses momentos é importante contar com o apoio da família para poder encarar de frente o diagnóstico, tratar e ficar curada da doença.  

“Medo eu tive, mas não tem necessidade de ter medo, a gente deve procurar ajuda e não esconder, porque o câncer existe, mas ele também vai embora. E ter amizade e amor é fundamental, a amizade dos amigos, da família, do marido e dos filhos”.

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