Na passagem da multiplicação dos pães (2), Jesus não perguntou aos discípulos, se eles tinham pães, nem de quantos pães necessitavam, mas sim, quantos pães eles tinham, pois ele partiu do pressuposto que seus companheiros TINHAM algum pão.
Nesta belíssima passagem, o Cristo nos diz que todos temos, internamente, algum recurso para a prática da caridade. Neste caso, ele pergunta quantos pães possuíam para realizar o fenômeno da multiplicação, embora saibamos que, via de regra, os elementos que Jesus utilizava para seu ensino não se referiam a nada material, mas sim, ao espiritual. Desta forma, a pergunta “quantos pães tendes?” não diz respeito a pães, mas sim ao que nós já temos em nosso coração, como base para a prática da caridade.
Podemos encontrar pessoas que nunca encontram tempo, nem uma forma de fazer o bem, então, Allan Kardec pergunta à Espiritualidade Superior: “Haveria alguém, que, pela sua posição, não tenha possibilidade de fazer o bem?” E a resposta é: “não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar, porque, fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário.” (3)
Ou seja, todos temos dentro de nós, os recursos necessários e as possibilidades para praticar o bem, basta que acionemos a grande alavanca da vontade, potência que nos foi outorgada pelo Criador para a nossa evolução, mas, intimamente ligada a outra potência: o livre arbítrio. Pode ser que a criatura tenha a vontade de fazer o bem, mas não tenha a iniciativa, como ainda comentam os Espíritos de luz: “Há muitas pessoas que dizem: Quero, mas a vontade só lhes está nos lábios. Querem, porém muito satisfeitas ficam que não seja como querem”. (4)
Amigos leitores, basta querer realizar o bem, pois os “pães” (o amor Divino) já estão dentro de nós, mas que esse querer não fique somente em nossos lábios! Este movimento de sair do nosso comodismo para auxiliar alguém, necessita da alavanca da vontade, preciosa ferramenta da qual todos nós somos munidos. E não precisa ser coisa muito grande, mas pequeninas coisas no nosso dia que vão fazer toda a diferença para o nosso próprio bem estar, pois estando estes pães dentro de nós, a prática da caridade não fará bem somente ao outro, mas principalmente a nós mesmos.
Assim, deixamos uma história muito singela para ilustrar esse ensinamento do Cristo.
Cezar Carneiro de Sousa, em seu livro Encontros com Chico Xavier (5), conta que, Chico Xavier, o grande espírita de Pedro Leopoldo, já residindo em Uberaba, ao comprar verduras, sempre comprava quatro tomates. A dona do mercado observou que ele, invariavelmente, escolhia dois tomates bons e dois mais maduros, quase estragados. Estranhando a atitude de Chico, certa vez ela perguntou o motivo pelo qual ele não escolhia sempre os tomates bons. Ele então responde: Porque senão, lhe darei prejuízo e não sobrarão tomates bons para as outras pessoas...
Um forte abraço e muita paz!
Ana Dulce Pamplona Frade
Centro Espírita Bezerra de Menezes
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Reuniões Públicas às terças feiras às 20hs e às quintas feiras às 19:30hs.
Aos sábados: Evangelização infantil e Escola de pais às 09:30hs; às 17h Campanha do Quilo e às 18:30hs Mocidade espírita.
Referências:
Fonte da imagem: Disponível em https://pixabay.com/pt/photos/m%C3%A3os-compaix%C3%A3o-ajuda-velho-cuidado-699486/
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