• 16/05/2024
31 Março 2023 às 11h27
Fonte de Informação: Da Redação - Cecília Calixto

TEAcolhe realiza 3ª passeata em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo

Em comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, o TEAcolhe realizou hoje em Arcos uma passeata no centro da cidade. A passeata contou com a participação dos membros da associação e de familiares de pessoas com TEA (Transtorno do Espectro Autista).

Às 09h foi realizada panfletagem na Praça do Vivi e em seguida foi realizada a passeata até a praça Floriano Peixoto, onde teve pipoca, algodão doce e aeróbica para todos os presentes.

A reportagem do Portal Arcos esteve presente na passeata e conversou com Lourdes Rabelo Gomes, que é voluntária no TEAcolhe. Em entrevista, ela falou sobre importância da conscientização de toda a sociedade, tendo em vista que a cada dia o número de pessoas com autismo tem aumentado.

“Hoje nós estamos comemorando o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, estamos comemorando hoje, mas, a data correta é dia 02 de abril. Porém fizemos hoje porque para as escolas participarem tem que ser durante a semana. As escolas estão com muitas crianças com o diagnóstico de autismo, tem crescido muito, por isso fizemos questão das escolas estarem participando. Nós todos que não somos atípicos temos o nosso jeito de ser e os autistas também tem o seu jeito de ser. Então essa passeata é para sensibilização de que todos nós devemos respeitar o outro independente de como ele é. E nós temos diversos níveis do autismo, nível 1, 2 e 3, então mesmo que a pessoa seja autista cada uma tem um comportamento diferente, nós conseguimos ver uma imensa diversidade nessas pessoas. Por isso, nós todos devemos respeitar o outro”, ressaltou.

 

“Precisamos de uma conscientização da população, pois dói na gente quando a gente sente o preconceito” - Virgínia Roque Miranda Valadão

Também conversamos com Virgínia Roque Miranda Valadão, que é mãe da Mariana, 8 anos, que tem autismo leve. Na entrevista perguntamos para ela quais são as dificuldades encontradas por ela e sua filha, na sociedade em um todo.

“A sociedade precisa ainda mais dessa conscientização, pois é o meio que a gente vive. Com relação a escola eu não tenho nada a reclamar, desde que descobrimos nós sempre tivemos suporte. Já os atendimentos de terapia, fonoaudiólogo, psicólogo já são muito carentes, pois, o único lugar que oferta é a APAE. Eu por exemplo, não tenho condições de pagar, algumas mães têm condições, mas, não são todas e nem todo plano de saúde cobre. Então nós precisamos de um centro especializado voltado para o TEA” comentou.

Segundo ela, outra área de dificuldade são os atendimentos com neurologista onde as consultas são caras e os pais não recebem nenhum apoio do SUS (Sistema Único de Saúde).

Virgínia também destacou que a conscientização também deve continuar sendo feita para que as pessoas entendam e tenha mais empatia.

“Na sociedade sempre tem que melhorar, tem sempre que estar conscientizando, porque precisa de mais empatia. Precisamos de uma conscientização da população, pois dói na gente quando a gente sente o preconceito, não nas palavras, mas, no olhar, nos gestos e isso é muito complicado. Porque eles não sentem, a minha filha se você falar algo com ela aqui agora, daqui cinco minutos ela estará te abraçando e beijando”.

 

“[...] As crianças com autismo têm recebido da Secretaria de Educação esse apoio e nós estamos vendo que está se estendendo para todas as redes [...]” – Secretária de Educação Sônia Zuquim

Também conversamos com a Secretária Municipal de Educação Sônia Zuquim, que estava presente na passeata. Em entrevista ao Portal Arcos ela falou sobre a conscientização e sobre o apoio da Secretaria de Educação junto as crianças com autismo.

“Esse movimento de hoje é muito importante para a conscientização geral de toda a sociedade com relação a inclusão dos autistas e de todas as outras pessoas portadoras de deficiência. Com relação as crianças com autismo, elas têm recebido da Secretaria de Educação esse apoio e nós estamos vendo que está estendendo para todas as redes, a Estadual e a particular também. Devemos ressaltar também a importância dessa entidade o TEAcolhe que está promovendo essa conscientização com o envolvimento de toda a comunidade”, comentou.

 

“O que se vê é uma maior procura dos pais para o diagnóstico e para que as crianças sejam acompanhadas. Antigamente essas crianças viviam infelizmente reclusas”’ – Paula Helena Goulart Rodrigues

Ao final, a reportagem do Portal Arcos conversou com Paula Helena Goulart Rodrigues, que é assessora de gestão escolar e responsável pela pasta da educação especial na cidade de Arcos.

Na entrevista, perguntamos como tem funcionado o ensino e o acolhimento a rede escolar aos alunos com autismo.

Em resposta, ela disse que: “a Secretaria Municipal de Educação de Arcos tem o atendimento educacional especializado, que é um atendimento diferenciado para as crianças que fazem parte tanto da educação especial, quanto da educação inclusiva. Esse atendimento mais específico tem a sala de recursos, que funciona dentro da secretaria de educação, com atendimento de professoras da educação especial que fazem um atendimento diferenciado específico para cada criança. É um suporte muito importante que auxilia no desenvolvimento delas”.

Além disso, ela explicou que a secretaria tem psicólogas escolares que acompanham tanto as demandas das escolas quanto os alunos e pais que ainda precisam de uma orientação para buscar um auxílio até mesmo médico. Dentro das escolas todos os alunos que são da educação especial possuem um professor de apoio e o atendimento educacional especializado. A secretaria também presta assistência a esses professores de apoio e professores regentes, em relação a adaptação de atividades, o tipo de atividade que cada criança necessita e o acolhimento nas escolas.

Perguntamos a ela se a secretaria também tem percebido um aumento no número de crianças com autismo.

Ela respondeu que: “essa é uma demanda que vem aumentado não só em Arcos, mas, a nível mundial, pelo que vemos e acompanhamos em cursos que fazemos, seminários. Nós temos visto esses dados que são levantados pelas secretarias de saúde com uma demanda mundial do diagnóstico do autismo. Existem estudos com relação a isso e o que se vê é uma maior procura dos pais para o diagnóstico e para que as crianças sejam acompanhadas, antigamente essas crianças viviam infelizmente reclusas, os pais as vezes negavam o diagnóstico. Já hoje, felizmente, a gente vê a sociedade aberta a isso e, por isso, está tendo uma procura maior pelas terapias, pelos médicos e por algumas formas que vão ajudar a criança se desenvolver plenamente”, finalizou.

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