• 03/05/2024
06 Fevereiro 2023 às 15h36

Codificação Espírita

Em 3 de outubro de 1804, nasceu na cidade de Lyon na França, HIPPOLYTE LÉON DENIZARD RIVAIL, filho de tradicional família lionesa. Seu pai era magistrado e se chamava Jean-Baptiste Antoine Rivail e sua mãe Jeanne Louise Duhamel.

 

Começou seus estudos na sua cidade natal e desde cedo mostrou sua aptidão pela ciência e filosofia. Mais tarde foi encaminhado para o famoso Instituto de Educação Pestalozzi, em Yverdun, Suíça, onde estudou e se tornou distinto discípulo e colaborador até formar-se em 1824. Voltou, então, para Lyon e começou sua trajetória como um exímio educador. Poliglota, bacharel em letras e ciências, professor, escritor e filósofo, escreveu vários artigos e ajudou a revolucionar o ensino na França.

 

Em 6 de fevereiro de 1832, casou-se com AMÉLIE GABRIELLE BOUDET. Com uma carreira sólida e respeitada, finança equilibrada, estava preparado para desempenhar e fazer triunfar a futura tarefa.

 

Em 1854, foi convidado pelo Sr. Fortier a participar de uma seção de mesas girantes, um fenômeno que tomou conta da sociedade da França no século 19, onde as mesas subiam e giravam e até davam respostas às perguntas dos participantes através de sons de batidas, sem nenhuma intervenção aparente.

 

            Metódico que era, começou a se questionar se aquilo poderia ser fraude ou se a energia dos presentes formava uma corrente a impulsionar as mesas, mas analisou que as mensagens ditadas através das batidas eram muito complexas para os presentes realizarem. “Só acreditarei quando vir e me provarem que uma mesa tem cérebro para pensar, nervos para sentir e pode se tornar sonambúlica”.1

 

Começou então a estudar, fazer investigações, analisar o método, as mensagens e chegou à conclusão que eram os mortos que se comunicavam (mortos no nosso entendimento limitado, eram os que haviam vivido aqui na Terra e agora continuavam sua evolução no Plano Espiritual).

 

            Em uma das reuniões que participava, um Espírito de nome Zéfiro disse que o conhecia de outra encarnação e que seu nome havia sido Allan Kardec, era um sacerdote druida e vivera na antiga Gália entre os Celtas. Desde então, o professor Rivail adota este pseudônimo e passa a ser conhecido por Allan Kardec.

 

            Como era um grande pedagogo, elaborou uma metodologia a qual fazia a mesma pergunta e enviava a vários médiuns em diferentes cidades e esses quando tinham as respostas dos Espíritos enviavam a Kardec que as lia, comparava e passava pelo crivo da razão e só então as selecionava.

 

            Seu primeiro livro publicado com a temática espírita foi O Livro dos Espíritos em 1857 e na primeira edição tinha 501 perguntas. Em 1860, Kardec publica a segunda edição com as atuais 1019 perguntas. Esse livro traz os princípios da Doutrina Espírita e é composto pela introdução, prolegômenos e quatro partes.

 

            Em 1861, ele lança O Livro dos Médiuns, seu segundo livro ao qual consta introdução e duas partes. Esse livro faz referência à 2ª parte de O livro dos Espíritos – Da vida Espírita – Das ocupações e missões dos espíritos.

 

            Em 1864, Kardec lança O Evangelho Segundo o Espiritismo, o qual é composto por prefácio, introdução e vinte e oito capítulos. O livro aborda as explicações das máximas morais do Cristo em aplicações às diversas circunstâncias da vida. É a referência à 3ª parte de O livro dos Espíritos – das Leis Morais.

            Em 1865, lança O Céu e o Inferno e é composto por duas partes. Esse livro faz referência à 4ª parte de O Livro dos Espíritos – Das Esperanças e Consolações.

 

            Em 1868, lança A Gênese – Os milagres e as predições Segundo o Espiritismo. Ele é composto por introdução e três partes, fazendo referência à 1ª parte de O livro dos Espíritos – Das Causa Primárias – da 2ª – Do mundo Espírita ou dos Espíritos – e partes da 3ª – As Leis Morais (Evolução Física da Terra).

 

            Allan Kardec também publicou outros livros, mas esses cinco acima mencionados, formam o Pentateuco Kardequiano, sendo a base da Doutrina Espírita e também o Consolador prometido por Jesus: “E eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre.” 2

 

            Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, deixa bem clara esta sua grande tarefa, quando diz:

 

Assim como o Cristo disse: “Não vim destruir a lei, porém cumpri-la”, também o Espiritismo diz: “Não venho destruir a lei cristã, mas dar-lhe execução.” Nada ensina em contrário ao que ensinou o Cristo; mas, desenvolve, completa e explica, em termos claros e para toda a gente, o que foi dito apenas sob forma alegórica. 3

 

 

LUZ E PAZ!

 

Lair Caetano

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Aos sábados: Evangelização infantil e Escola de pais às 09:30hs; às 17h Campanha do Quilo e às 18:30hs Mocidade espírita.

 

Referências:

  1. KARDEC, Allan. Obras Póstumas, pág. 264.
  2. JOÃO 14:16
  3. KARDEC, Allan. O Evangelho Segundo o Espiritismo. Cap.1, item 7.

 

Fonte da imagem: Disponível em https://cafecomkardec.com.br/home/entenda-o-que-e-
codificacao-espirita-e-qual-a-sua-importancia
/ Acesso em 05/02/2023.

Colunista
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