• 16/05/2024
23 Janeiro 2023 às 17h06
Fonte de Informação: Da Redação - Cecília Calixto

Integração Social pretende fornecer ‘cesta higiene’ para as pessoas em situação de vulnerabilidade social

Número de cestas básicas mais que dobrou em 5 anos, devido ao aumento de pessoas em vulnerabilidade social

A pandemia da Covid-19 deixou muitos rastros ruins na sociedade, além da própria doença e das mortes, a pandemia da Covid-19 também contribuiu para o aumento da pobreza e do desemprego. Em Arcos a situação não é diferente, em entrevista ao Portal Arcos o secretário de Integração Social, Sérgio Veloso, falou sobre o aumento do número de pessoas que estão em situação de vulnerabilidade social em nosso município.

Segundo ele, o número de cestas básicas que são fornecidas pela integração social só aumentou nos últimos anos. Em 2019, a secretaria de integração social disponibilizava 1800 cestas por ano, sendo 150 cestas mensais. Já em 2020, no início da pandemia, com o aumento do desemprego e estabelecimentos fechados o número de cestas básicas passou para 2400, sendo 200 cestas mensais. Em 2021 a situação continuou a mesma, e o índice de pessoas em situação de vulnerabilidade social continuou aumentando, por isso, o número de cestas mensais aumentou para aproximadamente 417 por mês, totalizando 5000 cestas por ano.

Neste ano, segundo Sérgio Veloso, o intuito é distribuir 8000 cestas básicas, o que daria mais de 600 cestas por mês.

“A pandemia e o isolamento social atacou todas as pessoas, até aquelas que tinham uma reserva guardada, ou tinha um carro e teve que vender. E o reflexo disso veio em 2021 e 2022, e nós colhemos o pior da pandemia no que tange a assistência social”.

Ele explicou que teve muitas pessoas que tinham suas profissões, mas, que por terem que ficar no isolamento social, chegaram a passar necessidade e tiveram que recorrer a assistência social. Devido a isso, aumentou muito o número de pessoas em situação de vulnerabilidade social.

Sérgio ressaltou que, devido a esse aumento se tornou ainda mais importante o trabalho de acolhimento da Assistência Social. “A nossa filosofia de trabalho é que nós não estamos aqui para atender o povo, mas, estamos aqui para acolher o povo. Porque atender é diferente de acolher. E quando a pessoa chega aqui na assistência social, ela chega às vezes abaixo do mínimo existencial, ela chega aqui massacrada por estar ou ter sofrido violência doméstica ou abandono intelectual ou material, ou ter sofrido algum tipo de abuso. Então, quando a gente fala de assistência social a gente fala do mínimo existencial, do princípio da dignidade da pessoa humana, porque a gente segue o princípio da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da publicidade e da eficiência, mas, não existe eficiência na administração pública se as pessoas que mais precisam na sociedade não tiverem o atendimento a tempo e a hora, da forma que precisa”.

 

Programa de doação de cestas básicas

O secretário explicou que no programa de doação de cestas básicas eles priorizam sempre a entrega de produtos de primeira qualidade.

Neste ano a cesta teve um acréscimo de cinco itens. Anteriormente a cesta contava com oito itens e agora conta com 13. “Antes nós fornecíamos dois pacotes de arroz, um pacote de açúcar, sal, dois pacotes de feijão, dois pacotes de macarrão, 500g de café, três litros de óleo e extrato de tomate. Então nós decidimos acrescentar mais alimentos na cesta básica e também na cesta verde. Na cesta verde nós acrescentamos ovos e na cesta básica, fubá, duas gelatinas, goiabada, dois pacotes de bolacha e sardinha”.

Sérgio comentou que uma pessoa o questionou se os novos itens seriam considerados básicos e, em resposta ele disse: “Uma pessoa me questionou se esses novos produtos seriam básicos ou não. E eu respondi o seguinte: ‘Eu tenho três filhos, se a gente vai fazer compra e um filho meu entra e pega a gelatina e coloca no carrinho, porque meu filho pode ter esse direito e outras pessoas mais carentes não? O que nos impede de fornecer esses alimentos? Então, nós aumentamos esses cinco itens, com tudo muito bem fundamentado em princípios técnicos e filosóficos”.

Ele comentou que eles estão programando para solicitar mais itens novos na próxima licitação. “Nós estamos programando para a próxima licitação de inserir mais uns itens na cesta, a exemplo de fósforo, esponja de aço, farinha de milho, macarrão picado principalmente para as pessoas idosas que têm dificuldade de deglutição, uma mistura para bolo, uma lata de milho e um vinagre”.

Sergio explicou que a cesta é ofertada de acordo com a necessidade de cada família. Nos casos onde a pessoa more sozinha a cesta pode dura de dois a três meses, já uma família maior que tem filhos a cesta pode durar de 20 a 30 dias. Por isso é feita uma análise pela assistente social, para designar as cestas de acordo com a realidade de cada família.

 

Cesta Higiene

Ao final da entrevista, em primeira mão, o secretário de integração social informou que a secretaria pretende começar a fornecer a Cesta Higiene, com produtos de limpeza e higiene pessoal. Segundo ele, o projeto já está aprovado pelo secretário de fazenda.

“Quando a gente fala de coisas básicas, falta as coisas para a limpeza, por isso a cesta tem: 2 sabonetes 90g; 8 rolos de papel higiênico de 60 metros, com folha dupla; 2 detergentes de 500 ml; uma pasta de dente de 90g; 1 sabão em pó de 500g; quatro esponjas dupla face; 1 álcool em gel 70%; absorvente com abas pacote com 8 unidades; 1 água sanitária de 2 litros; e 1 shampoo neutro de 500ml.

Sérgio comentou que a ação de fornecer esses itens de higiene para a população em situação de vulnerabilidade social é uma forma de ajuda-las a darem o primeiro passo para saírem da situação que se encontram.

“A secretaria de integração social é lugar de promoção a vida e isso significa que é nós darmos para as pessoas não só o mínimo existencial, mas, estendermos os braços, quebrarmos a correte da necessidade que a acorrenta e dizer que estamos dando uma sustentabilidade para ela. Com isso, ela vai ter alimento e higiene para ela poder se cuidar e procurar um emprego, para assim conseguirmos diminuir o índice da pobreza em nossa cidade”.

Ele também ressaltou que esse pedido de cuidar das pessoas da melhor forma possível sempre foi feito pelo prefeito Baiano: “vamos continuar cuidando das pessoas mais carentes, mas, não vamos dar só o mínimo, porque o mínimo já é a nossa obrigação. Depois dessa pandemia as pessoas estão passando por necessidade, por isso, se esforce ao máximo para atender e para que essas famílias se sintam acolhidas realmente”.

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