A frase proferida pelo narrador esportivo Cléber Machado, em uma corrida de Fórmula 01, e que se tornou um meme, cai como luva no cenário político arcoense.
Todo início de ano eleitoral municipal é sempre a mesma coisa. Muitos são os pretendentes ao cargo de direção do município, numa conhecida tática do ‘me joga na pedra’ ou ‘vai que cola’. Mas, o tempo é soberano, e as sementes jogadas no terreiro de campanha não vingam e se perdem uma a uma, sobrando assim os postulantes de outrora.
Já dizia o participante mais experiente - ‘O jogo é pesado’. E bota pesado nisso. Tem nuances e contornos, com os quais amadores não têm vez, embora seja de direito a participação de todos aqueles que se enquadram nos requisitos da justiça eleitoral.
Em Arcos, terras de grandes personalidades políticas, para entrar nesse jogo é necessário conhecer a fundo as carências e as potencialidades do município e, acima de tudo, ter plena noção das maiores expectativas e anseios do povo.
Nos bastidores da política arcoense para 2020, está tudo muito abstrato, nada de concreto. Grupos se reúnem, traçam metas e estratégias, telefonemas pra um, telefonemas pra outro, mas preferem guardar qualquer definição para os 47 minutos do segundo tempo.
Resta saber, ao final, quem terá mais garrafas para vender. De momento, eu diria que o ‘hoje sim, hoje sim, hoje não’ deve perdurar, afunilando em apenas dois postulantes ao cargo de chefe do executivo arcoense. Três? Quem sabe? Talvez o tempo saiba, soberano como já disse, mas, por ora, escasso.
Professor e pós-graduando em Jornalismo
Colunista de assuntos políticos
Com o fim da janela partidária, aberta entre os dias 7 de março e 5 de abril deste ano, oito dos nove vereadores de Arcos trocaram de partido político. A única exceção é a vereadora Kátia Mateus, que se mantém no PL.