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Entre a verdade e a politização: a guerra invisível da comunicação no Brasil

Especialista alerta para os riscos da desinformação e promove a conscientização na comunicação.

Atualmente, acontecimentos cotidianos frequentemente se transformam em moeda de troca em debates ideológicos, para polemizar questões que, na verdade, poderiam unir a população. A Dra. Cristiane Romano, doutora em expressividade, destaca que essa malversação da comunicação tem o potencial de deficiência do entendimento coletivo, além de alimentar uma crescente guerra de desinformação.

“A expressividade é essencial para uma comunicação clara e eficaz. No entanto, o uso de temas relevantes, como cultura, saúde, educação e segurança, não para promover um diálogo construtivo, mas para defender interesses pessoais e ideológicos, cria divisões e impede que as pessoas se unam em torno de questões que realmente importam”, afirma a Dra. Cristiane.

As polarizações em torno de fatos recentes, como a do uso da Lei Rouanet na produção do filme “Ainda Estou Aqui”, em que a atriz Fernanda Torres foi premiada, são exemplos claros de como a informação pode ser distorcida.

A Lei Rouanet passou a proibir o financiamento de longas-metragens a partir de 2007 e hoje se limita a “obras cinematográficas de curta e média metragem e filmes documentais”.

Por se tratar de um longa-metragem com 2 horas e 19 minutos de duração, e de ser um filme de ficção -embora baseado em fatos-, “Ainda Estou Aqui”, não pôde receber recursos da lei em questão.

A Dra. Cristiane reforça a responsabilidade dos cidadãos em serem comunicadores conscientes. “A forma como expressamos nossas opiniões e consumimos informação deve ser feita de maneira crítica, confirmando que as ideias podem ser complexas e multilaterais. A politização não deve ser rotulada de forma negativa; é essencial entender que a política permeia nossas vidas e que debates podem ser saudáveis para enriquecer nossas perspectivas”, explica.

A especialista oferece algumas dicas para uma comunicação consciente e crítica:

  1. Escuta ativa: ouça diferentes perspectivas antes de formar uma opinião. Isso enriquecerá sua compreensão do problema;
  2. Evite generalizações: falar de forma abrangente pode alienar pessoas com pontos de vista diferentes. Foque em argumentos baseados em fatos e informações;
  3. Promova diálogo: utilize sua voz para criar conversas construtivas e evitar provocações desnecessárias. A linguagem que usamos molda a percepção do público;
  4. Busque informações confiáveis: informe-se em fontes reconhecidas para evitar a propagação de desinformação;
  5. Pratique a empatia: levar em consideração os sentimentos e experiências dos outros pode promover um entendimento mais profundo.

Diante do cenário atual, um diálogo aberto e consciente torna-se fundamental para a construção de uma sociedade mais unida e informada. A Dra. Cristiane Romano convida a todos a refletirem sobre o poder da comunicação, ressaltando que a expressividade não é apenas uma habilidade, mas uma ferramenta vital para a promoção do bem-estar coletivo.

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