Recuperação moral e espiritual adquirida pelo livre arbítrio e por meio de dores e acertos, dúvidas e incertezas, no ontem, no hoje e no amanhã, no espaço e no tempo, lapidar o mármore para a emersão da luz.

É processo que ata e desata, consolida tendências, interferências, se manifesta nos atos falhados e espelhados na mente e em criações inconscientes.

A cena repetida por tantas vezes, noites frias de outono, fragilizados, cansados, oramos e clamamos a nossa rainha, à santíssima, a sua intercessão. A rogativa, era um aceno suave, acalentando a esperança dos que se encontravam no vale, o vale repleto de lágrimas, de tristezas e saudades, o pranto dos filhos de Eva.

A dor de uma incoerência, degradada pela desobediência à lei. Não comerás fruto da árvore da vida. O fruto indigesto e ingerido, cobriu-nos de dor, de culpa, de remorso, fugimos da vida.

Na solidão dos nossos sonhos, partidos, perdidos e a casa reluzente, distante, os afetos desfeitos e o que nos resta? O caminho, o verde e o sol, o azul dos mares, desertos e sombrios. Recomeçar.

A Terra, em seus lampejos incandescentes, local de degredo, marca daquele que implora, ora e chora, mas também, reverencia, aprende e ensina.

A promessa, há de chegar um varão e o espírito de sabedoria estava nele.

E, no início, era o Verbo e ele se fez carne. E a luz raiou sobre as trevas.

Reagimos à luz, ofuscava os nossos olhos.

Ainda assim, a vida é retomada nas promessas do Cristo de Deus.

“Eu vim para que tenhais vida e vida em abundância”.

Vida verdadeira, que adquire forma, por meio da expansão da consciência no aceite do dever e no seu cumprimento.

Vida que enfrenta a culpa, ante o conflito com a lei. Não cuideis que eu vim trazer paz à Terra, mas a espada.

Auscultamos, o anúncio no mais profundo do nosso ser, haverá um só rebanho e um só pastor e qual pastor não abandona suas noventa e nove ovelhas, para alcançar aquela desgarrada, rebelde, que desdenha da lei?

Ah sim, um jovem sonhador, que desafia o Pai, dá-me parte da herança, que me pertence por direito. Qual direito? A progenitura do varão, o mais velho!

Com o assento forjado do Pai, o filho, uma rosa em botão, se cobre de ilusões e púrpuras, recamadas e douradas, para sorver o pão da amargura, bolotas que caem, compartilhadas com os animais.

A ausência do Pão, faz ressonância na alma. Há uma voz que canta e encanta. “Eu Sou o Pão da Vida!” o despertar da consciência, da razão e a liberdade. O filho do Homem!

Ah vida... quantas vezes te perdi... em cada perda a estrutura do templo começa a se demolir.

“Na verdade, na Verdade, te digo que não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derrubada.”

E assim se fará, em cada pedra, um sonho, uma desilusão, um Rainho de luz.

No coração... Vinde a mim... todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei.

Sandra Miramar⁽¹⁾

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Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Olegário Rabelo, n.º 455, Bairro Brasília, Arcos–MG

Cursos gratuitos semanais (2ª feira) sobre o Espiritismo a partir de 12 de agosto de 19h30 às 21h.

Reuniões Públicas às terças-feiras às 20h e às quintas-feiras às 19h30.

Aos sábados: Evangelização infantil e Escola de pais às 9h30; às 17h Campanha do Quilo e às 18h30 Mocidade espírita.

Referências:

(1) PINHEIRO, Sandra Miramar de Andrade. Informativo: O amor é o caminho. Edição 001. Maio 2024.

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