Desencarne por acidente

19 Setembro 2023 às 09h30

Desencarne por acidente

A morte em si já nos traz um misto de sentimentos, principalmente quando ocorre com pessoas do nosso círculo familiar ou de convivência.

Quando ocorre por meio de um acidente, faz com que surjam diversas indagações: Por que teve que ser dessa maneira? Por que agora? Por que com essa pessoa? Será que era realmente a hora? E em certos momentos questionamos até se Deus existe e por que ele não interviu.

Diante disso, a doutrina espírita auxiliar-nos a entender sobre esse tipo de desencarne. Geralmente, antes de reencarnar passamos por um processo chamado planejamento reencarnatório, no qual junto da espiritualidade superior elaboramos alguns pontos principais da nossa vida, como por exemplo: qual será nossa família, onde vamos morar, qual profissão seguiremos, qual o momento e como será nossa morte. Faz-se necessário dizer que tudo isso será de acordo com o que o espírito precisa passar durante sua vida corpórea, para que consiga aprender e assim evoluir.

Nosso saudoso Chico Xavier, esclarece-nos:

Nos casos de morte por acidente, é importante compreender que, na verdade, na verdade, não houve acidente! Na morte por acidente não há enganos.

Aquele era realmente o momento do desencarne da pessoa.

Como exemplo, o caso daquele que perdeu o voo, e o avião se acidentou.

É, igualmente, o caso daquele que não iria embarcar na aeronave acidentada, mas por algum motivo embarcou.

Em ambos os casos não houve engano algum. ⁽¹⁾

“Outro ponto interessante: pode acontecer também de, no caso de acidente grave, o espírito ser “desligado” instantes antes de o corpo sofrer danos muito grandes.” ⁽²⁾ Ou seja, esses irmãos ao desencarnarem, ficam desacordados, sendo amparados pelos trabalhadores da luz e levados para hospitais no plano espiritual, para serem socorridos e tratados.

É necessário ressaltar que alguns acidentes podem ser provocados, por imprudência e falta de responsabilidade de alguns, e neste caso O Livro dos Espíritos na questão 259 nos fala o seguinte:

Do fato de pertencer ao Espírito a escolha do gênero de provas que deva sofrer, seguir-se-á que todas as tribulações que experimentamos na vida nós as previmos e buscamos?

Todas, não, pois ninguém pode dizer que haveis previsto e buscado tudo o que vos sucede no mundo, até as mínimas coisas. Escolhestes apenas o gênero das provações. As particularidades correm por conta da posição em que vos achais; são, muitas vezes, consequências das vossas próprias ações. [...] ⁽³⁾

Para que possamos compreendermos melhor, segue um exemplo: Quando ao sair de casa, faço uso de bebidas alcoólicas e/ou drogas e assumo a direção do volante em atitude de negligência e irresponsabilidade, estou assumindo a responsabilidade de colocar a minha vida e a de terceiros em risco, nesse caso se por ventura eu vier a desencarnar posso ter cometido o suicídio indireto (que é quando eu não quero tirar a minha vida, porém escolho e tenho atitudes/ações que me levam a morrer). Já no caso da vítima que vem a falecer, pode para ela caracterizar uma forma de prova e/ou expiação (onde ela pode ter escolhido, desencarnar dessa maneira).

Cabe destacar que não podemos afirmar que em todos os casos como o citado acima, o indivíduo está sempre cometendo suicídio indireto, visto que não temos conhecimento do planejamento reencarnatório.

Portanto, meus queridos amigos, lembremo-nos daqueles que partiram com alegria e gratidão por termos estado ao seu lado, até o momento permito por Deus. E sempre que a saudade bater à porta, façamos uma prece e roguemos ao Pai o conforto necessário para que saibamos aprender a lidar com aceitação e sabedoria essa separação temporária. Sobretudo, é importante termos a confiança de que em algum momento estaremos novamente juntos de quem nós amamos.

Abraço Fraterno!

Vanessa Rosa

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