• 16/05/2024
13 Maio 2023 às 12h00

Mãe após os 40: conheça duas histórias inspiradoras sobre a maternidade nesta fase da vida

Em uma reportagem especial ao Dia das Mães, o Portal Arcos conversou com a mamãe Mislene e a mamãe Karine

Ser mãe após os 40 anos já é uma realidade a cada vez mais comum. No caso de algumas mulheres pode acontecer por questões fisiológicas ou pela busca ou encontro de um novo parceiro. Mas, muitas mulheres também estão preferindo ter os filhos mais tarde, por preferirem inicialmente se dedicar a carreira, estudos e a realização de sonhos.

Mas, o que se sabe é que ser mãe, seja aos 20, 30 ou 40 anos, sempre trará os seus desafios, descobertas, alegrias e muito abdicação.

Então, em comemoração e homenagem ao Dia das Mães, a reportagem do Portal Arcos produziu uma matéria especial contando a história de duas mulheres fortes que tiveram filhos após os 40 anos. Leia abaixo e inspire-se:

 

“Hoje me vejo como uma mãe cansada, mas, ao mesmo tempo grata a Deus por ter me mostrado o quão forte eu sou. Costumo dizer que Deus me deu meu bebê José 10 mil vezes mais do que eu mereço” – Mislene Isabel Teixeira.

A primeira mamãe que conversamos é Mislene Isabel Teixeira, de 44 anos, ela é cozinheira e costureira, e é mãe do Vitor, de 20 anos, e do José de 7 meses.

Mislene teve o primeiro filho aos 24 anos. Na época ela trabalhava, mas deixou o emprego para ficar com o filho nos primeiros nove meses, porém, após esse tempo ela teve que retornar ao trabalho. “Após os nove meses eu tive que deixar ele com uma vizinha para trabalhar como empregada doméstica”, comentou.

Mislene chegou a se separar do marido e após cinco anos se casou novamente. Foi a partir daí que Mislene decidiu tentar engravidar novamente.

Ela nos contou que a tentativa de engravidar não foi fácil, pois ela chegou a perder dois bebês. “Então o médico pediu para eu não engravidar, mas, 45 dias depois de perder o segundo bebê eu descobri que estava grávida novamente”. Foi na terceira descoberta de gravidez, que tudo começou a mudar, pois, estava chegando o bebê José.

Mesmo com a boa notícia, Mislene chegou a enfrentar alguns medos durante a gravidez, pois ela testou positivo para Covid-19. Mas, para a alegria de todos ela conseguiu se recuperar bem e tanto ela quanto o bebê José ficaram bem.

Para completar a alegria, durante a gravidez Mislene também teve outra surpresa, pois ela descobriu que seria vovó e que seu filho mais velho seria pai.

 

Desafios após o nascimento

O bebê José Olemar Teixeira de Oliveira nasceu em 19 de setembro: “Era um dia especial, pois, estava sendo celebrado os 58 anos de casados dos meus pais”. Mislene engravidou aos 43 anos e teve o parto aos 44 anos.

O bebê nasceu bem e saudável, mas a mamãe Mislene ainda enfrentou alguns problemas de saúde após o nascimento: “Tive dois sangramentos, eu gritava de dor de cabeça, chorava muito, tive muita anemia e eu cheguei a me questionar do porquê tudo aquilo estava acontecendo comigo”. Foi um período difícil, mas Mislene conseguiu enfrentá-lo para conseguir se dedicar a seu filho.

Quanto aos desafios da nova maternidade, por mais que ela já tinha uma certa experiência com o primeiro filho, ela nos contou que com o segundo foi tudo muito diferente.

“Tudo era novamente novo para mim, pois era muito diferente de 20 anos atrás. Noites sem dormir são até hoje. Eu tinha medo de não ter leite, era muita ansiedade, mas deu tudo certo”.

 

Vida de Mãe

Mislene, assim como boa parte das mães, é mãe solo e concilia todos os trabalhos em casa com o cuidado com filho. “Somos só nós dois. Cuido dele sozinha e concilio com o trabalho em casa”, comentou.

Por isso, Mislene disse que se sente um pouco cansada, porém, grata pela vida de seus filhos e por ter conseguido passar por todo esse processo da segunda gravidez.

“Hoje me vejo como uma mãe cansada, mas, ao mesmo tempo grata a Deus por ter me mostrado o quão forte eu sou. Costumo dizer que Deus me deu meu bebê José 10 mil vezes mais do que eu mereço, porque eu era dependente de remédios e hoje não tomo mais nada, tenho muito leite para amamentá-lo e ele é só alegria”.

Ao final da nossa conversa, perguntamos a Mislene o que ela poderia dizer para as mamães que estão com 40 anos e que ainda têm o desejo de engravidar. “Para as mães eu posso dizer que fácil não é, mas, não é impossível. Porque quando se vê aquele sorriso banguela lindo do seu bebê, se vê que cada noite mal dormida valeu muito a pena”.

“Para as mães de sangue, mães de coração, mais que são mães e pais de seus filhos, quero desejar que Deus coloque suas mãos sobre vocês e lhes dê a paz, sabedoria e a alegria de ser mãe, que é o dom mais lindo por carregarem a semente do amor. Porque não existe amor maior que o de uma mãe para seus filhos”.

 

“É possível ter uma gravidez saudável e tranquila após os 40 anos. Não é fácil, porque o pique já não é o mesmo. Mas se é um sonho, vale muito a pena” – Karine Gonçalves Vieira Silva

A segunda mamãe que conversamos foi Karine Gonçalves Vieira Silva, de 47 anos, que é casada com José Carlos. Ela tem duas filhas, Marina de 25 anos e Helena de 5 anos. Ela também tem duas netas: Betina de 1 ano e meio e Murilo de 30 dias.

Karine teve sua primeira filha aos 24 anos, na época ela teve a oportunidade de poder cuidar da sua filha em tempo integral. Ela se dedicou ao máximo, passou por dificuldades e desafios, mas, ela ressalta que cada segundo de renúncia valeu a pena.

“Foi tudo muito mágico. E foi uma escola também. A maternidade me trouxe valores que carrego comigo até hoje. Com ela, aprendi o verdadeiro valor da mulher, a importância do lar na formação do ser humano e aprendi a valorizar ainda mais a família”.

Outra coisa que ajudou Karine foi o apoio que ela recebeu de sua mãe: “Pude contar com o apoio e reforço da minha mãe que é para mim o meu maior exemplo a ser seguido. Segui os passos dela e sigo até hoje, cada ensinamento, cada troca de frauda, cada chazinho, e também cada noite mal dormida”, comentou.

 

Segunda filha aos 43 anos

Segundo Karine, Helena foi um presente inesperado, mas, que trouxe muita alegria, renovo e esperança para toda a família.

“Venho de uma família que tem loucura por criança. A cada notícia é uma festa, alegria e vibração. Sempre comemoramos muito quando soubemos que viria mais um dos nossos. Para Marina principalmente, pois era filha única”.

A gestação de Karine foi bem tranquila, ela ficou em casa cuidando de todos os detalhes para receber a filha, tendo a mesma tranquilidade que ela teve na primeira gestação.

Karine nos contou que após o nascimento de Helena sua experiência na maternidade foi única. “Cada maternidade é única. Não tem como verbalizar. É coisa de Deus. A força, a dedicação e a coragem vem naturalmente. Avaliei muito a primeira gestação para corrigir alguns pontos e evitar ao máximo qualquer falha. Sobre o tempo, esse também vem do milagre, nós mães sabemos bem disso. Hoje aproveito com ela na medida dela. Ajudo nas tarefas da escola e a cumprir a agenda social e construímos uma linda amizade”.

Para Karine, a chegada de sua segunda filha lhe trouxe mais maturidade, mais cuidados e expertise para oferecer as suas duas filhas o que ela tem de melhor. “Consegui me dedicar mais, focar mais em alguns cuidados e com isso consigo dar mais atenção e qualidade de vida a elas e aos meus netos”.

 

“Creio que não haja nada na vida que seja capaz de explicar o amor de mãe. Não há nada na vida que se compare ao amor de mãe” Karine Gonçalves Vieira Silva

Também perguntamos a Karine o que ela poderia dizer para as mamães que estão com 40 anos e que ainda têm o desejo de engravidar.

“Gostaria de dizer que é possível ter uma gravidez saudável e tranquila após os 40 anos. Não é fácil, porque o pique já não é o mesmo. Mas se é um sonho, vale muito a pena”.

Ao final da entrevista, Karine deixou uma mensagem falando sobre o que é ser mãe.

“Sou muito grata por ser mãe. É um presente de Deus. Ainda mais que já sou avó. Sei que não é fácil, mas nos completa e faz entender o verdadeiro significado de amor. Creio que não haja nada na vida que seja capaz de explicar o amor de mãe. Não há nada na vida que se compare ao amor de mãe. Ser mãe é desenvolver uma capacidade de amar infinita e incondicional, é doar-se de corpo e alma é dividir-se. Com os filhos aprendemos o que é o amor. Os filhos são a fonte de inspiração da nossa vida, nos faz crescer como ser humano, nos faz querer ser uma pessoa melhor, nos faz querer fazer do mundo um lugar melhor. Os filhos nos motivam a sermos generosas, a nos doar para conseguir educar um ser humano bom para o mundo. Eles são o maior tesouro das nossas vidas, é um tesouro que deixamos de herança para o mundo”.

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