• 13/05/2025
25 Abril 2022 às 10h26

Espírita Militante

Vivendo há mais de 2 milênios sob o archote luminoso da mensagem do Cristo, a humanidade caminha alheia e ainda longe de seus ideais renovadores.

 

 Por sua vez, a doutrina espírita que também costumamos denominar “cristianismo redivivo”, mesmo depois de mais de 160 anos de sua implantação, não foi capaz ainda, de reviver Jesus nos corações dos homens.

 

É claro que não estamos aqui desconsiderando uma grande parte, que por força da vontade e esforço incomuns, renovaram os sentimentos e atitudes, inspirados por conselhos e advertências que nos chegam das mais variadas formas, repercutindo as vozes e o pensamento dos chamados “mortos”.

 

       Porém, é impossível não notar o perigoso e cada vez maior distanciamento que se vai estabelecendo entre o ideal de amor, justiça e caridade no qual se assenta a doutrina espírita e as ideias dissonantes e particularistas que se tem visto propagar por boa parte de seus adeptos.

 

       Garimpar o incalculável tesouro de sabedoria oculto nos textos sagrados, não pode ser o mesmo que adaptá-lo aos nossos limitados interesses. Interpretar as verdades evangélicas de maneira a endossar nossos argumentos pessoais, é engano grave, que em tempo oportuno seremos convocados a corrigir.

 

Em meio a esse cenário de incertezas, dúvidas e meias verdades que se estabelece, surge a figura do cristão militante ou, espírita ativista. Incitado a atuar ativamente no mundo, engrossa irrefletidamente as fileiras sociais de uma ou outra polaridade, emite ácidas opiniões, elege opositores, acusa com sarcasmo, condena com crueldade. Esquecido das lições de amor e igualdade que aprende, ou ensina, nas igrejas e nos templos, na vida comum, o cristão militante se rende as torpezas que a sua fé combate, e, equivocado em seus objetivos, em grande parte das vezes argumenta a favor da paz, conduzido sem se dar conta, pelas sutilezas da violência.

 

       Qualquer forma de violência é contrária aos ensinos de Jesus.

 

       O cristão da atualidade repete passivo o mesmo comportamento dos fariseus antigos; somos nos dias de hoje, os velhos doutores da lei dos tempos primeiros, de posições cristalizadas e opiniões vaidosas, julgando e sentenciando nossos pares, nos enfrentamentos reais, ou nos sinédrios digitais da modernidade.

 

        Não queremos dizer no entanto, que o seguidor de Jesus não possa elaborar opiniões, expressar-se com liberdade, ou argumentar sobre esse ou aquele ponto de vista. O que nos assusta, porém, é a forma belicosa e descuidada usada por muitos. São dardos desferidos em tom de animosidade, que mais que as ideias, atacam  ferozmente a figura humana, impiedosos  e totalmente desassociados  dos ideais de amor, respeito e fraternidade ensinados pelo mestre.

 

        Expressar nossa opinião, ou validar a opinião de outros pelos mais diversos meios possíveis hoje em dia,  significa revelarmos ao mundo as emoções e sentimentos que nos governam a  alma.

 

        Vale lembrar, que da própria trajetória do Cristo na Terra, surge a inequívoca ideia de que não se combate o mal com o mal, que a tolerância é o alicerce da paz,  e que na construção de um mundo melhor, faz-se indispensável a figura do homem moralmente melhorado.

 

       Ao ativista espírita cabe a responsabilidade do combate aos próprios erros. Vigiar suas palavras, compreender sem julgar, discordar sem ferir, opinar com respeito, divulgar o bem.

 

       Chico Xavier costumava repetir em tom de autocensura “à mim imponho o dever de ser cada vez melhor; aos outros, dou o direito de serem como são”. Talvez seja esse o singelo e valioso resumo da militância a qual nos deveríamos dedicar em nossa jornada.

 

      Dos primeiros anos do cristianismo na terra; da militância vitoriosa do apóstolo dos gentios, busquemos a lembrança do lema imortal que norteou desde o início seu trabalho com o Cristo: “Ama;  Trabalha; Espera; Perdoa”. Que seja este também para nós espíritas, cristãos, humanos, nos dias atuais de grandes desafios e agressividade gratuita, o lema à balizar nossas atividades com Jesus.  

                                                                                                  

                                                                                                                                         Abraços Fraternais.

 

Joel Bazilio

 

Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG

Reuniões públicas às terças feiras às 20hs e às quintas feiras às 19:30hs.

Aos sábados, evangelização infantil e escola de pais às 09:30hs; às 18:30hs, mocidade espírita.

 

Colunista
CENTRO ESPÍRITA BEZERRA DE MENEZES

Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG

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