A  hipervalorização da estética acaba afetando a nossa forma de nos relacionar com o mundo. E a busca pela perfeição em alguns casos pode gerar uma obsessão. Esta pode ser vista de diversas maneiras, por procedimentos estéticos, dietas (essas muitas vezes sem equilíbrio e sem ajuda de nutricionistas, o que pode causar prejuízos à saúde), musculação todos os dias e muitas vezes mais de uma vez ao dia. A busca pelo corpo perfeito é hoje inclusive muito induzida pela mídia, que está o tempo todo mostrando corpos esculturais e que muitas vezes nem são reais, para promover a venda de remédios ou procedimentos milagrosos.

A vigorexia ou dismorfia muscular, é a preocupação excessiva com a estrutura corporal, acreditando que é muito pequena ou que é fraca, não suficiente. Assim a vigorexia se dá, por  uma distorção da imagem corporal, associada a uma prática intensa de atividades físicas. Nessa condição a pessoa se enxerga como sendo muito “magra”, necessitando assim de ganho de massa magra, porém de uma forma obsessiva, com uma compulsão por essa busca. Existe em torno disso um sentimento de inadequação,  que faz com que a pessoa crie essa obsessão por estar com o corpo que idealiza. Se torna uma busca excessiva e inalcançável.  Esta obsessão, é um pensamento repetitivo, que vem mesmo sem que a pessoa queira e causa muito desconforto diante do pensamento.

 A pessoa com vigorexia, passa a compor então, a sua alimentação com dietas hipercalóricas, e colocando na sua rotina diária, exercícios de musculação intensos. Em muitos casos o uso de anabolizantes é frequente.  E pelos excessos podem acontecer lesões musculares, pois chegam a levar o corpo a uma exaustão máxima, sem conseguir parar, a menos que cheguem no máximo que o corpo aguenta e muitas vezes passam disso.

O tratamento para vigorexia é multidisciplinar, nesta equipe de profissionais, será necessário um médico psiquiatra para conduzir a medicação onde a ansiedade será controlada, um psicólogo também é muito importante, para conduzir o tratamento trabalhando o equilíbrio entre a forma como a pessoa se vê, com os excessos que normalmente ela tem, nos hábitos e na sua rotina, hábitos que contribuem para o prejuízo mental.

Será necessário a atuação de um nutricionista, visto que este profissional vai adequar a alimentação do paciente com esse transtorno, pois o mesmo com certeza tinha em seu hábito alimentar vários exageros que podem causar prejuízos à saúde. Um educador físico também é muito interessante nesses casos, para que o mesmo possa ser instruído de maneira correta junta aos exercícios físicos e o equilíbrio destes, para que não cheguem a exaustão ou lesões musculares.

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Selma Rodarte Psicóloga

Psicóloga/CRP04-49528

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