Para a busca da felicidade o homem necessita seguir os preceitos do mestre Jesus Cristo, contida nesta máxima: “Amai-vos uns aos outros.” Somente através da prática da caridade pode o homem libertar-se da chaga do egoísmo, que lhe impede de crescer espiritualmente. Uma boa ação sempre traz alegria no coração, e saúde para o corpo físico. O sentimento de dever cumprido pela ajuda aos irmãos necessitados abre caminho para a felicidade eterna, trazendo consolação não só para quem recebe, mas, principalmente, para quem pratica a caridade de boa vontade, aliviando suas aflições.
Jesus exemplificou para a humanidade tudo o que concerne às virtudes da caridade e do amor, divinos ensinamentos a serem cumpridos pelos verdadeiros homens de bem. Deus auxilia as criaturas através das criaturas, será assim que cada cooperador perceberá a força divina interna atuando a favor do próximo. Toda dor deve ser buscada em seus próprios redutos, para consolá-los em nome dessa virtude divina, a caridade.
Acentua o estimado São Vicente de Paula: “A caridade é a virtude fundamental que deve sustentar todo o edifício das virtudes terrenas. Sem ela não existem as outras. Sem caridade não há fé nem esperança, porque sem a caridade não há esperança de uma sorte melhor, nem interesse moral que nos guie. Sem a caridade não há fé, porque a fé é um puro raio que faz brilhar uma alma caridosa; ela é a sua consequência decisiva.” [i]
A caridade material é importante, mas não se compara com a caridade moral. Allan Kardec pergunta aos Espíritos, em ‘O Livro dos Espíritos’ na questão 886[ii]: “Qual o verdadeiro sentido da palavra caridade, como a entendia Jesus?” A resposta é: “Benevolência para com todos, indulgência para as imperfeições dos outros, perdão das ofensas.”.
Assim, “A palavra caridade, vós o sabeis, Senhores, tem uma acepção muito extensa. Há caridade em pensamentos, em palavras, em ações; ela não é tão somente a esmola. O homem é caridoso em pensamentos sendo indulgente para com as faltas do próximo. A caridade em forma de palavra nada diz que possa prejudicar seu próximo. A caridade em ações assiste seu próximo na medida de suas forças (…)”. [iii]
Para a questão “como deve ser a minha ação para com o próximo?”, a caridade responde: com benevolência.
Não há quem não possa fazer o bem. Somente o egoísta nunca encontra ensejo de o praticar. Basta que se esteja em relações com outros homens para que se tenha ocasião de fazer o bem, e não há dia da existência que não ofereça, a quem não se ache cego pelo egoísmo, oportunidade de praticá-lo. Porque fazer o bem não consiste, para o homem, apenas em ser caridoso, mas em ser útil, na medida do possível, todas as vezes que o seu concurso venha a ser necessário. [iv]
O codificador do Espiritismo Alan Kardec relembra Jesus em sua máxima expressão: “Amar o próximo como a si mesmo: fazer pelos outros o que quereríamos que os outros fizessem por nós”, é a expressão mais completa da caridade, porque resume todos os deveres do homem para com o próximo.” [v]
Sua importância se evidencia quando lembrado o lema proposto por Kardec: “Fora da caridade não há salvação”. Nenhum Espírito atingirá o estado de Espírito Puro, ou estado de salvação, sem a prática da caridade.
Elena Maria Garcia Rezende Leão - [email protected]
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[i] Revista Espírita 1858 – Agosto.
[ii] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 9ª ed. Boa Nova Editora, 2004. Questão nº 886.
[iii] Viagem Espírita em 1862 » Discursos pronunciados nas reuniões gerais dos espíritas de Lyon e Bordeaux » Discurso III. Publicação original de Tribuna Espírita | Maio – Junho de 2018.
[iv] KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. 9ª ed. Boa Nova Editora, 2004. Parte terceira: Das leis morais - Capítulo I – Da lei divina ou natural - O bem e o mal. Questão nº 643.
[v] KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o espiritismo. Cáp. XI. 16ª ed. Boa Nova Editora, 2004.
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