• 29/03/2024
20 Janeiro 2022 às 14h43
Atualizada em 20/01/2022 às 14h43
Fonte de Informação: Polícia Civil de Minas Gerais

Polícia Civil pede suspensão de médico por forjar formulários para vacinação em Formiga

Polícia Civil de Minas Gerais

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu, hoje (20/01), as investigações que apuravam a conduta de um médico, na cidade de Formiga, que estaria forjando formulários para facilitar a vacinação contra a covid-19. O procedimento já foi encaminhado ao Poder Judiciário com pedido de suspensão das atividades do investigado.

A Polícia Civil de Minas Gerais obteve provas de que o suspeito estaria cobrando R$ 50 de pacientes para apresentar comorbidades que não possuíam, de forma a conseguirem a imunização mais rápida no início da pandemia. No consultório do médico, os policiais apreenderam a agenda e o celular da secretária do investigado, os quais apresentavam o número de formulários entregues.

Ainda foram ouvidas uma série de testemunhas dos crimes e, ao fim da investigação, a Polícia Civil remeteu o inquérito à Justiça com pedido de suspensão das atividades médicas do investigado, nos termos do artigo 319, inciso VI, do Código Penal.

 

 

Relembre o caso

Um consultório médico foi alvo de operação da Polícia Civil em 09 de julho de 2021, em Formiga, suspeito de comercializar atestados de comorbidades para vacinação contra a COVID-19.

Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no estabelecimento, que funcionava no centro da cidade.

Na clínica, de um médico de 68 anos, clínico geral, foram apreendidos documentos referentes aos atendimentos médicos e um celular, que serão analisados no curso das investigações.

A operação foi desencadeada após denúncia anônima recebida no dia 08 de julho de 2021. No mesmo dia, os policiais montaram campana na porta do consultório e observaram uma movimentação atípica.

Foi constatado que algumas pessoas permaneciam no local em tempo insuficiente para realização de consulta.

“A equipe policial entrevistou pessoas que saíram do consultório portando documento assinado pelo clínico geral e algumas delas admitiram ter pago R$ 50 e recebido o formulário assinado pelo médico, sem ter passado por nenhuma consulta”, relatou o delegado responsável Danilo Basílio.

Uma delas, segundo o delegado, revelou ter entregue à secretária apenas um resultado de exame com data de 2018. Nele constava que ela possuía distúrbio respiratório leve, contudo, lhe foi fornecido o formulário com pneumopatia crônica grave.

Então, no dia 09 de julho de 2021 os policiais realizaram as apreensões necessárias para dar sequência às investigações.

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