• 19/04/2024
15 Outubro 2021 às 18h06
Atualizada em 15/10/2021 às 18h07
Fonte de Informação: Redação - Cecília Calixto

Professor Anselmo Calixto da Cruz conta um pouco de sua trajetória dedicada à educação

“[...] Amo ser professor, gosto de compartilhar conhecimento, propagar informação, compreender o aluno, mostrar caminhos e tudo isso exige amor à profissão” – Anselmo da Cruz
Professor Anselmo Calixto da Cruz

Dia 15 de outubro, dia do Professor. Dia daquele que exerce um papel de grande importância no desenvolvimento de toda a sociedade, pois é ele quem alfabetiza, compartilha conhecimento e mostra os diversos caminhos a serem seguidos para conquistar um futuro melhor.

Pensando nesse dia tão importante, como forma de homenagear todos os professores da cidade de Arcos, a reportagem do Portal Arcos entrevistou o professor Anselmo Calixto da Cruz, que há muitos anos dedica sua vida ao ensino em Arcos.

Anselmo Calixto da Cruz, que é filho de Regina Martins da Cruz e Oscar Calixto da Cruz, iniciou sua jornada na área da educação nos ano 80. Segundo ele, sua professora Dona Terezinha – que dava aula quando ele ainda era criança – foi sua principal inspiração para querer começar na carreira.

“Minha motivação para o magistério vem da minha meninice. Quando eu ainda estava cursando o ensino fundamental, admirava muito as aulas dos meus professores, cujos rostos lembro-me até hoje. Com saudades, em especial, da Dona Terezinha que era professora de geografia. Ela com suas inúmeras sardinhas no rosto falava com entusiasmo sobre o mundo, pessoas e culturas de lugares distantes, tudo isso atiçava minha curiosidade e me encantava. Tanto me encantou que hoje sou professor de geografia”, comentou.

Ao decidir seguir a carreira, Anselmo se formou na Faculdade Integrada Rui Barbosa, na cidade de Andradina – SP. Ele iniciou sua carreira como docente nos anos 80, na Escola Estadual Dona Berenice de Magalhães Pinto, onde ele atua hoje como vice-diretor.

 

“[...] Me apaixonei pela sala de aula e não parei mais” – Anselmo da Cruz

Segundo ele, seu primeiro dia na sala de aula foi suficiente para que ele viesse se apaixonar pela profissão.

“O primeiro dia em uma sala de aula foi para dar aula para o terceiro ano do ensino médio noturno, na escola Dona Berenice. Eu estava apreensivo e tímido, afinal, eu estaria de frente para uma platéia. Então, eu disse para mim mesmo: ‘Vá em frente, você agora é professor. É a profissão que você escolheu’. Desde aquela noite me apaixonei pela sala de aula e não parei mais”.

Anselmo já lecionou nas seguintes escolas da cidade de Arcos: Colégio Dom Belchior; Escola Estadual da Vila Boa Vista; Escola Estadual Yolanda Jovino Vaz; Escola Estadual José Geraldo de Melo (escola da Ilha); CESEC Monsenhor Geraldo M. Vasconcelos; e Escola Estadual Dona Berenice de Magalhães Pinto.

Ele contou que já deu aula de Geografia, História e também já lecionou as extintas disciplinas de Educação Moral e Cívica e O.S.P.B. (Organização Social e Política Brasileira). “O ensino de Educação Moral e Cívica foi criada pela ditadura militar, cujo objetivo era controlar a juventude depois das revoltas estudantis na época, que contestavam o regime. Já o O.S.P.B. ensinava o sistema político do Brasil, a constituição e os deveres do cidadão brasileiro. Essa disciplina foi tirada do currículo em 1993”.

 

Cargo de vice-diretor

O professor Anselmo da Cruz, além de cursar a graduação também realizou diversos cursos para agregar em sua carreira, e hoje, ele atua pela segunda vez como vice-diretor em uma escola.

Ele contou que a primeira vez como vice-diretor foi nos anos 2.000. “Aconteceu por meio de uma conversa que tive com meu amigo e professor de inglês, Erasmo Dias de Carvalho. Depois de muita conversa e decisões, convidamos o professor Márcio Tavares para formarmos uma chapa, concorremos a eleições e saímos vencedores. Era o ano de 2000 e foi minha primeira experiência como vice-diretor”.

Anselmo comentou que gosta muito da função de vice-diretor, pois ele consegue ter um bom relacionamento com a equipe escolar e consegue conhecer o cotidiano da escola. Com isso, ele espera poder continuar atuando no cargo nos próximos anos, na escola Estadual Dona Berenice de Magalhães Pinto.

 

Tivemos que adaptar a nova forma de aprender e ensinar devido à pandemia. [...] Tem sido um desafio diário, que estamos vencendo com total apoio da SER, dos professores e de toda a comunidade escolar” – Anselmo da Cruz

Perguntamos para Anselmo, como tem sido as mudanças na escola, devido à pandemia da Covid-19. Em resposta, ele disse que tem sido um desafio, mas, que a escola tem conseguido se adaptar. “Tivemos que adaptar a nova forma de aprender e ensinar, devido à pandemia. Tem sido um desafio diário, que estamos vencendo com total apoio da SER (Secretaria Regional de Educação), dos professores e de toda a comunidade escolar, seguindo rigorosamente os protocolos sanitários”.

Ele também comentou que a escola tem orientado pais e alunos quanto à utilização dos equipamentos tecnológicos, tem conscientizado os alunos sobre a importância da interação com os professores, utilizando as ferramentas disponíveis via internet e os alunos que não têm acesso a essa tecnologia, a escola está disponibilizando os Planos de Estudos Tutorados, que são entregues na residência dos alunos.

 

Falta de valorização profissional – Também perguntamos para ele sobre a questão da desvalorização dos profissionais da educação, que é um assunto muito debatido em todo o Brasil. Em resposta, ele comentou que um país só se desenvolve quando se investe em educação e pesquisa, ou seja, nos professores. Então, para Anselmo, é fundamental realizar esse investimento, pois, segundo ele, menos de 20% dos docentes estão satisfeitos com seus salários e essa desvalorização afeta a todas as pessoas do país.

 

“[...] Amo ser professor, gosto de compartilhar conhecimento, propagar informação, compreender o aluno, mostrar caminhos e tudo isso exige amor à profissão” – Anselmo da Cruz

Na entrevista, Anselmo mencionou que sente muita falta de seus antigos alunos: “Tenho saudades de muitos dos meus ex-alunos. Uns deram trabalho, outros eram questionadores, e tinha até mesmo os que dormiam em sala de aula. Fico feliz e acredito que todos professores também ficam ao saberem do sucesso de nossos ex-alunos na profissão que escolheram e na família que constituíram. É muito bom, depois de muitos anos, lembrar o rosto de todos eles com saudade e carinho”.

Ao final da entrevista, Anselmo ressaltou que, mesmo com a evidente desvalorização da categoria, ele ama ser professor. Para ele, isso é uma missão.

“Para mim, ser professores está mais ligado ao dom do que qualquer outra coisa. Um professor poder ser lembrado por toda vida, na cabeça de milhares de pessoas, por experiências vividas e pela capacidade de fazer a diferença. Amo ser professor, gosto de compartilhar conhecimento, propagar informação, compreender o aluno, mostrar caminhos e tudo isso exige amor à profissão. Apesar do aspecto financeiro ainda não ser um atrativo no mercado brasileiro, ser professor pra mim ainda vale a pena. Pra mim, ser professor é uma missão”.

                                                                                                               

 

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