Define-se como anestesia o bloqueio reversível da condução do estímulo nervoso, com o intuito de promover perda temporária de qualquer sensibilidade na região submetida à técnica anestésica.
Existem dois tipos de anestesia: loca e geral. A anestesia local se diferencia da geral por não ocasionar perda de consciência durante sua utilização. A local é o tipo de anestesia mais utilizada em consultório odontológico.
Algumas vezes o cliente deve ser submetido à anestesia local porque existem procedimentos odontológicos que, com grande probabilidade, irão gerar incômodo (dor), o que causa um desconforto considerável no cliente, gerando estresse, dificultando seriamente o andamento do tratamento. O tempo de efeito anestésico varia muito para cada indivíduo, além de depender também do tipo de anestésico que vai ser utilizado. Nos mais utilizados, o efeito anestésico dura, em média, 2 a 3 horas. Porém, há anestésicos que perduram por mais tempo seu efeito, podendo chegar a 10 horas.
Inúmeros procedimentos odontológicos podem ser realizados sem anestesia. Cabe ao dentista discutir com o cliente, para que não se utilizem anestésicos locais sem necessidade. Lembre-se que o anestésico também é um fármaco e pode causar efeitos colaterais.
É muito comum o cliente relacionar a dor à agulha. Entretanto, a agulha apresenta um diâmetro extremamente fino, e ainda seu desconforto pode ser minimizado pelo uso de anestésico tópico (pomada que é aplicada no local da infiltração). Além disso, há outra técnica que o dentista pode fazer uso, como por exemplo, infiltrar o anestésico lentamente.
Existem alguns motivos que justificam a possível falha da anestesia:
Como toda a medicação, os anestésicos locais apresentam efeitos colaterais e riscos. O cliente pode relatar tontura, aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e falta de ar. Contudo, vale a pena mencionar que, na maioria dos casos, o estresse antes da anestesia pode ser a causa dos sintomas ditos acima. Como de costume, uma boa anamnese, na qual se discute o estado geral de saúde do cliente pode minimizar estes riscos em quase 90%.
Se houver a necessidade de discussão com o médico do cliente, isto deverá ser feito. Aqueles clientes que, em decorrência de outras alterações sistêmicas (ex. diabetes), estão sob monitoramento, devem ser observados pelo dentista com mais critério. O diabético descompensado (glicose com taxas alteradas) deve ser estabilizado antes de se submeter ao tratamento odontológico.
Cada caso é um caso e deve ser analisado minuciosamente. Por se tratar de um procedimento que gera muita ansiedade, os benefícios da anestesia devem ser discutidos com o cliente.
Cirurgião – Dentista
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Especialista em Odontologia Restauradora e Preventiva
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