• 25/04/2024
20 Agosto 2020 às 18h05
Atualizada em 27/05/2022 às 14h43
Fonte de Informação: Fonte: blogspot.com.br

Anestesia Odontológica

    Define-se como anestesia o bloqueio reversível da condução do estímulo nervoso, com o intuito de promover perda temporária de qualquer sensibilidade na região submetida à técnica anestésica.

 

     Existem dois tipos de anestesia: loca e geral. A anestesia local se diferencia da geral por não ocasionar perda de consciência durante sua utilização. A local é o tipo de anestesia mais utilizada em consultório odontológico.

 

    Algumas vezes o cliente deve ser submetido à anestesia local porque existem procedimentos odontológicos que, com grande probabilidade, irão gerar incômodo (dor), o que causa um desconforto considerável no cliente, gerando estresse, dificultando seriamente o andamento do tratamento. O tempo de efeito anestésico varia muito para cada indivíduo, além de depender também do tipo de anestésico que vai ser utilizado. Nos  mais utilizados, o efeito anestésico dura, em média, 2 a 3 horas. Porém, há anestésicos que perduram por mais tempo seu efeito, podendo chegar a 10 horas.

 

    Inúmeros procedimentos odontológicos podem ser realizados sem anestesia. Cabe ao dentista discutir com o cliente, para que não se utilizem anestésicos locais sem necessidade. Lembre-se que o anestésico também é um fármaco e pode causar efeitos colaterais.

 

    É muito comum o cliente relacionar a dor à agulha. Entretanto, a agulha apresenta um diâmetro extremamente fino, e ainda seu desconforto pode ser minimizado pelo uso de anestésico tópico (pomada que é aplicada no local da infiltração). Além disso, há outra técnica que o dentista pode fazer uso, como por exemplo, infiltrar o anestésico lentamente.

 

    Existem alguns motivos que justificam a possível falha da anestesia:

 

  1. Idiossincrasia: é a variação individual de cada cliente. Cada um responde de uma maneira diferente. A quantidade de anestésico pode ser suficiente para um e para o outro não;
  2. Variações anatômicas: cada indivíduo apresenta uma estrutura óssea diferente. Tais diferenças podem ocasionar modificações nas posições dos locais mais “comuns” das inervações;
  3. Qualidade óssea: um osso mais poroso tende a absorver melhor o anestésico, ocorrendo o contrário com um osso mais denso;
  4. Inervação cruzada e acessória: uma determinada região pode estar recebendo ramos nervosos da área do lado oposto, sendo necessário complementar a anestesia no lado oposto ou na região adjacente;
  5. Variações patológicas: alterações no desenvolvimento dos maxilares e inflamações e/ou infecções no local.

 

    Como toda a medicação, os anestésicos locais apresentam efeitos colaterais e riscos. O cliente pode relatar tontura, aumento da frequência cardíaca (taquicardia) e falta de ar. Contudo, vale a pena mencionar que, na maioria dos casos, o estresse antes da anestesia pode ser a causa dos sintomas ditos acima. Como de costume, uma boa anamnese, na qual se discute o estado geral de saúde do cliente pode minimizar estes riscos em quase 90%.

 

    Se houver a necessidade de discussão com o médico do cliente, isto deverá ser feito. Aqueles clientes que, em decorrência de outras alterações sistêmicas (ex. diabetes), estão sob monitoramento, devem ser observados pelo dentista com mais critério. O diabético descompensado (glicose com taxas alteradas) deve ser estabilizado antes de se submeter ao tratamento odontológico.

 

    Cada caso é um caso e deve ser analisado minuciosamente. Por se tratar de um procedimento que gera muita ansiedade, os benefícios da anestesia devem ser discutidos com o cliente.

 

Colunista
Dr. José Donizetti Vieira

Cirurgião – Dentista
CROMG: 9475
Especialista em Odontologia Restauradora e Preventiva
Rua Donato Rocha, 346 – Centro - Arcos (MG)
Fone: (37) 3351-1086

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