• 19/04/2024
18 Julho 2019 às 00h00
Atualizada em 04/05/2020 às 19h08
Fonte de Informação: Da redação

Audiência Pública apresenta projeto para erradicação da Dengue em Arcos

O projeto busca a erradicação da dengue em nossa cidade e é uma iniciativa do Rotary Clube de Arcos e da Loja Maçônica Vigilantes do Oeste.
Portal Arcos

 

Nesta quarta feira (17) às 19:00h, aconteceu na Casa de Cultura de Arcos, uma Audiência Pública para tratar sobre o projeto “Arcos, dengue zero”.

 

Participaram da Audiência compondo a mesa diretora, o Promotor de Justiça, Dr Eduardo Fantinati, O Prefeito de Arcos, Denílson Teixeira, a Presidente do Rotary Clube de Arcos, Heloisa de Fátima Melo, o Venerável da Loja Maçônica Vigilantes do Oeste, Dr Sérgio Vilela, o Coordenador da Vigilância Epidemiológica, Tiago carvalho, o Secretário de saúde, João Julio Cardoso, a Secretária de Educação, Sônia Teixeira, o Secretário de Meio Ambiente, Robson Correia, a Presidente da Comissão do Projeto Arcos dengue Zero, do Rotary Clube Arcos, Alvanice Condé De Almeida Dias, Presidente da Comissão de Projeto Arcos dengue Zero, da Loja Maçônica Vigilantes do Oeste , Dr. Aristides Beraldo Garcia, o representando a ACE, Jamir Garcia.

 

O Promotor de Justiça Dr. Eduardo Fantinati, parabenizou o Rotary Clube de Arcos e a Loja Maçônica Vigilantes do Oeste por estarem promovendo este importante projeto, por estarem lutando por esta causa que é de muita importância, tentando potencializar e trazer todos juntos. Ressaltou que é uma atitude que precisava estar sendo feita há muito tempo e que é preciso ter uma atuação comunitária, uma comoção social, uma união de pessoas de setores diferentes pra fazer acontecer, para se ter sucesso nesta empreitada e lembrou que esta é uma batalha muito dura e que arcos já sofreu bastante com isso e que os últimos eventos, novamente, deram um grito de alerta para nos todos. Dr. Eduardo se colocou a disposição para as próximas ações que forem ser realizadas para contribuir de todas as formas possíveis para o sucesso do projeto. Este é o primeiro passo de uma grande caminhada, disse.

 

 

Na sequencia, Dr. Aristides manifestou seu desalento e protesto ao não comparecimento da comunidade e dos representantes de classe que também não compareceram para uma causa tão importante, que é a vida.

 

 

Dr Aristides comentou como a dengue é um problema que afeta a todos nós. Os números são alarmantes, o município tem sua responsabilidade mais se não for com a participação da comunidade em peso, ninguém conseguirá vencer a dengue. E que o maior responsável pelo problema é aquele que joga as coisas em local inadequado. Lembrou como é simples culparmos tantos outros pelo problema mais que não percebemos que às vezes somos nós mesmos que estamos o causando, com aquele simples copinho que jogamos fora na nossa horta e que acumula água. Basta um simples descuido e podemos estar ceifando uma vida.

 

 

Ele alertou que o maior risco que corremos por nosso descuido na nossa casa é que as primeiras vítimas são a nossa família e quem mora ao redor de nossa casa. Sem querer, por pequenos descuidos domésticos podemos estar causando uma perda na nossa própria família.

 

 

Reforçou como é simples e prazeroso tirarmos 10 minutinhos do nosso tempo por semana, e realizar procedimentos simples, como dar uma volta pela casa para averiguar se está tudo ok, se não há criadouros do mosquito e que se cada um der sua pequena contribuição com certeza vamos vencer este mosquito.

 

E finalizou agradecendo aos presentes, que só pelo fato de estarem lá já mostra a responsabilidade, o interesse e a seriedade com a causa e convocou a cada um para levar esta mensagem, cobrar dos vizinhos, cobrar de dentro de casa.

 

 

Em seguida, Alexandre Miranda, apresentou o projeto à mesa e ao público presente, explicou que a Audiência Pública foi o pontapé inicial, de algumas propostas que a partir dali, junto com todas as autoridades e com a população de arcos, se possa construir algo que faça a diferença no combate a dengue em nossa cidade. O objetivo da Audiência Pública é incentivar os presentes na busca de soluções de problemas públicos.

 

A idéia surgiu a partir do Rotary clube de arcos em parceria com a loja maçônica vigilantes do oeste, e outras instituições podem aderir a partir deste pontapé inicial.

 

O principal objetivo desta campanha é a “Erradicação” da Dengue em nosso município e demais doenças causadas pelo Aedes  Aegypti. Através principalmente da conscientização da população. O nome da campanha é Arcos, dengue zero

 

O projeto será desenvolvido em parceria com Prefeitura Municipal de Arcos, Câmara Municipal de Arcos, Poder Judiciário, Ministério Público, OAB alem de outros que se juntaram ao longo da caminhada.

 

A metodologia consiste em Criar parcerias (Público e Privado); definindo ações a serem executadas através da Criação de um calendário de ações com duração prevista de 24 meses e busca a Adesão ao Projeto as entidades: ACE / CDL, Polícia Militar e Civil, as Associações de Bairros Clubes de Serviços (Lions Club, Demolays, Escoteiros, Rotaract, Interact, Léo Club), Sindicatos, Igrejas, Emater, Profissionais da Saúde, CREA, Creci, Escolas.

 

 

Com a realização da Audiência Pública, os próximos passos são a criação do Plano de Ações, como por exemplo, na esfera da educação, o treinamento de Professores e Multiplicadores  (Escolas Públicas e Privadas) para orientação aos alunos e população, buscar parceria com todas as secretarias municipais em especial Saúde, Educação e Meio Ambiente, que são muito importantes nesta campanha bem como confecção de cartilha ilustrada mostrando o passo a passo de ações a serem tomadas pela população ao exemplo da cartilha do governo federal em parceria com Maurício de Sousa sobre as drogas. Será produzido também o Vídeo Institucional da Campanha para uso de todos os veículos de comunicação para divulgar massivamente a campanha, a criação de um “Adesivo” para distribuição na rede de ensino do município, com planejamento de vistorias domésticas a serem realizadas pelos próprios alunos em suas casas, a elaboração de Projetos de Lei Municipal com vistas ao amplo combate a dengue, e a partir desta audiência publica, a Criação do plano de ações e comissões executoras no prazo de 30 dias após audiência pública, ficando assim o lançamento da Campanha e do Plano de Ações marcados para o dia 16 08 2019. Após isto será feito o cronograma de Reuniões Bimestrais da comissão organizadora, para discussão dos resultados alcançados e metas atingidas com imediata divulgação a comunidade. Durante estas reuniões serão discutidos os acertos, os erros, e o que pode ser melhorado, bem como as pessoas que podem somar mais neste projeto aderindo a ele.

 

 

Ao final, Alexandre reforçou que a meta é reduzir a zero o número de casos de dengue no prazo de 2 anos.

 

 

Tiago Carvalho, coordenador da vigilância epidemiológica, apresentou a situação do problema da dengue em nossa cidade, começando pelo aspecto cientifico do vetor e que se tivermos a preocupação da gravidade do que este simples mosquito pode causar nós faríamos mais ações como cidadão no nosso dia a dia, “é uma arma de destruição em massa, precisamos mais do apoio do setor público, privado e sociedade para que a gente possa atingir este objetivo”Disse.

 

 

Tiago ressaltou que precisamos ter projetos que visam manter a saúde pública em parceria com o poder executivo, com o poder judiciário, com o setor privado para que possamos reduzir drasticamente esse número que temos na cidade de Arcos.

 

 

Segundo ele, o mais preocupante é que o mosquito vem sofrendo mutações, se adaptando, ao clima, as questões que antes não se identificavam, como por exemplo, antes se encontrava apenas em água limpa, hoje encontramos também em água suja, também em caixinhas de esgoto de cozinha, que ali vai vários produtos químicos, corrosivos e mesmo assim é encontrado larvas no mosquito em caixas de gordura. Ele deixou de ser um mosquito que só vive em ambiente limpo.

 

 

Existem hoje 04 Sorotipos do Vírus da Dengue, classificados da seguinte forma: Denv1-

Denv2, Denv3 e Denv4. Eles se apresentam de forma cíclica.

 

 

Desde o ano de 2009, Arcos tem sido uma cidade que vive em iminente risco de infestação do Aedes aegypti.

 

Em 2009 e 2010 tivemos a circulação dos vírus 1 e 2, em 2013 e 2014 somente do vírus 1 e agora em 2018 e 2019 a circulação do vírus 2.

 

Tiago explicou que em 2013 e 2014 circulou o vírus tipo 1 e que como tínhamos uma grande parte de pessoas que já tinham sido acometidas pelo vírus 1 em 2009 e 2010, gerou uma população imune a esse vírus tipo 1,  porém já em 2018 e 2019 o vírus que circulou foi o tipo 2, e neste caso, tínhamos uma baixa população imune ao vírus 2. Ele ainda ressaltou o porquê temos que nos preocupar e aderir a este projeto mencionando o perigo de que entrem em circulação os tipos de vírus 3 e 4 por exemplo e que nós não temos uma população imune alem das outras doenças que o mosquito transmite e lembrando que temos uma grande população flutuante em nossa cidade que são pessoas que vem de todas as regiões do pais.

 

Tiago apresentou os dados em números da dengue em Arcos neste ano que são:

Casos Notificados = 3596, Casos Confirmados = 1362, Casos Ainda em Investigação =1551, Casos Descartados = 683 e Óbitos = 1 (2019)

 

O Plano de Enfrentamento da Dengue pelo município consiste em organização das ações de prevenção e controle da Dengue, notificação em tempo oportuno dos casos suspeitos, realização de controle de criadouros do vetor nas áreas de transmissão, garantir acesso com assistência adequada tendo o plano de Ações e Metas a Vigilância Epidemiológica, a Vigilância Ambiental (Endemias), o Combate ao Vetor, a Assistência ao Paciente, a Educação e Mobilização, a Comunicação e a Gestão.

 

Os demais componentes da mesa manifestaram seu apoio ao projeto e parabenizaram os seus idealizadores.

 

 

Ao Final Dr Aristides finalizou os pronunciamentos dizendo o quanto estava feliz com os resultados da Audiência, agradeceu a todos os que estavam presentes e a imprensa ressaltando a sua grande importância quando feita com responsabilidade.

 

 

Arcos dengue zero é possível, só depende de cada um.

 

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