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Nada será capaz de nos separar do amor de Deus 1

No capítulo 5 de o livro O Evangelho Segundo o Espiritismo 2, Kardec com a inteligência e bom senso que lhe marcavam a personalidade, discorre sobre as condições e características sob as quais a existência se desenrola no planeta. Convida-nos a admitir a existência de causas pretéritas e atuais para as dificuldades de nossa jornada terrena e exorta-nos por isso a observar racionalmente a justiça Divina em meio aos infortúnios que nos impulsionam à evolução.

 

Em tempos de aparente desordem, que ocorrem periodicamente na Terra, vemos irmãos da nossa e de outras doutrinas, que se apressam em emitir opiniões e conceitos que possam explicar fatos e elucidar dúvidas. Embora bem intencionados, muitas vezes acabam por fabricar teorias ou adaptar postulados de maneira a atender os mais variados e nem sempre nobres interesses.

 

Por nossa vez, nos firmamos na certeza de que nada no universo escapa a percepção de Deus e de suas leis.

 

Desde o Seu impulso criador, que entregou nas mãos laboriosas do Cristo a massa disforme de matéria da qual surgiria bilhões de anos mais tarde a Terra, nas mais espetaculares e violentas convulsões de seus primórdios, nas minuciosas e delicadas combinações da química primitiva, nas silenciosas e pacientes ligações orgânicas da vida incipiente, da escuridão das cavernas às luminosas academias das ciências atuais, tudo segue sem surpresas ou improvisos os planos insondáveis de Deus. Do átomo ao arcanjo, destaca-se soberana a força criativa do Seu amor.

 

Nos tempos atuais, diante das limitações que nos são impostas e que se repetem as mesmas falas proféticas, as mesmas conclusões precipitadas e que se busca de forma vã a reinvenção das filosofias e das revelações religiosas, cabe a nós, os que aceitamos de livre escolha a palavra renovadora do Espiritismo com o Cristo, responder com total sinceridade e discernimento, as seguintes indagações: Teria Deus se equivocado e “errado a mão” na condução da humanidade?  Estaríamos diante de circunstâncias, que de algum modo, teriam escapado ao cabresto disciplinador das leis inderrogáveis do Criador?

 

Desconsiderando qualquer ideia de ironia, que sem intenção de nossa parte possa insinuar-se em nosso raciocínio, julgamos de alguma importância as reflexões que possam surgir dos questionamentos que aqui propomos, em particular aos amigos que de alguma forma busquem de maneira racional apaziguar as próprias consciências.

 

Na primeira questão de O Livro dos Espíritos3, as inteligências desencarnadas definem Deus como sendo a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas. Tudo, portanto, emana de Deus. Tudo se origina Nele. Nas palavras de Paulo: “em Deus vivemos, em Deus nos movemos”.4

 

Nos dias presentes, a Terra segue sua marcha contínua e ascendente rumo às renovações necessárias; não há nada de novo, apenas o processo de lapidação e aprendizado que segue desde suas mais remotas origens guiado pelas mãos fortes e sublimes do Cristo.

 

Não nos deixemos contaminar pelas ideias cristalizadas nos antagonismos desnecessários, não nos entreguemos as desavenças de caráter ideológico.  Incitados pelos desafios do momento, temos dado provas dos mesmos e velhos adoecimentos que nos tem martirizado a alma há séculos. O mal não é novo e o receituário se repete a milênios, sem que tenhamos assimilado com vontade o tratamento.

 

Contra o desespero e a desesperança, recomenda Jesus que rompamos caminho entre a multidão de nossos defeitos e toquemos na bainha de sua túnica a fim de vivenciarmos nossa fé. Ante o desalento que nos cobra renovação de valores, indica o Mestre amigo que galguemos o sicômoro da nossa consciência, e dialogando com sinceridade, comamos em nossa casa com Ele, Seu pão.

 

Não há razão para conclusões escatológicas; não há final dos tempos; a menos que nos refiramos ao fim dos tempos para o homem velho que abrigamos, para que se inicie uma nova era para um novo homem em nós.

 

Diante de grande derrota, ante o mais enigmático problema, sob o peso das mais prementes dores; segue, confia, trabalha e repitamos a consoladora exortação feita por Paulo, o apostolo da gentilidade: “nada será capaz de nos separar do amor de Deus”.5

 

Joel Bazílio

([email protected])

 

Centro Espírita Bezerra de Menezes

Rua Olegário Rabelo, nº 455, Bairro Brasília, Arcos/MG

Reuniões Públicas às terças feiras às 20hs e às quintas feiras às 19:30hs.

Aos sábados: Evangelização infantil e Escola de pais às 09:30hs; às 17h Campanha do Quilo e às 18:30hs Mocidade espírita.

 

Referências:

  1. ROMANOS, 8:39
  2. KARDEC, Allan. O Evangelho segundo o Espiritismo. Cap. V.
  3. KARDEC, Allan. O Livro dos Espíritos. Cap. I. Questão 1.
  4. ATOS, 17:28,30
  5. ROMANOS, 8:39

 

 

 

 

  

 

Veja também: